Programa

Localização Colégio dos Jesuítas.

• O1. Uso do Genially na criação de recursos para a comunicação em ciências
  Michel Xisto Silva Silveira Paulo Simeão Carvalho Marcelo Hahn

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O1. Uso do Genially na criação de recursos para a comunicação em ciências

Michel Xisto Silva Silveira^1,2 , Paulo Simeão Carvalho^1,2 Marcelo Hahn^1,2

¹Faculdade de Ciências de Universidade do Porto (FCUP)

²Instituto de Física de Materiais Avançados, Nanomateriais e Fotónica (IFIMUP)

Esta oficina interativa tem como objetivo capacitar comunicadores de ciência no uso da plataforma Genially, uma aplicação gratuita e intuitiva usada na criação de recursos didáticos, como slides, jogos e sites, sem a necessidade de conhecimentos em programação. A crescente demanda por materiais dinâmicos e inovadores na comunicação científica torna essencial a exploração de ferramentas digitais.

A sessão terá início com uma apresentação breve e prática sobre a plataforma, explorando suas funcionalidades principais e demonstrando exemplos de utilização em contextos diversos. Em seguida, os participantes serão guiados por uma experiência prática, durante a qual criarão seus próprios recursos utilizando a plataforma, auxiliados pelos mediadores.

O formato da oficina prioriza a participação ativa dos envolvidos. Os participantes poderão experimentar diferentes recursos e personalizações, compreendendo como integrar elementos interativos para melhorar a qualidade de suas apresentações ou atividades de comunicação em ciências.

A inovação desta oficina reside na apresentação do Genially como uma ferramenta acessível e versátil para qualquer profissional, independentemente de sua formação técnica. A oficina demonstrará que é possível criar materiais de qualidade profissional, alinhados às necessidades de comunicação, com ferramentas gratuitas.

A oficina será conduzida por Michel Silveira e Paulo Simeão Carvalho, respetivamente, estudante e diretor do curso de Mestrado em Ensino e Divulgação das Ciências da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. No final, os participantes terão adquirido conhecimentos sobre a ferramenta na perspetiva do utilizador e com recursos iniciais prontos para serem aplicados em seus contextos profissionais.

Esta oficina é adequada para professores, formadores e comunicadores de ciência que desejam aprimorar a forma como criam e divulgam conteúdo, explorando o potencial das tecnologias digitais de forma interativa.

O formato da oficina é presencial, com número máximo de 20 participantes e é necessário computador portátil. Os participantes irão trabalhar em grupos de dois.

 

keywords: Design;Digital;Formação

[Oficina de Formação - Sessão de Formação]

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• O2. Escrever comunicados de imprensa — atrair sem perder a precisão
  Rita Ponce

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O2. Escrever comunicados de imprensa — atrair sem perder a precisão

Rita Ponce¹

¹Instituto Politécnico de Setúbal, Escola de Educação, Setúbal; ICNOVA, Universidade Nova de Lisboa, Lisboa

Os comunicados de imprensa desempenham um papel central na divulgação das descobertas científicas e atividades das instituições sendo um veículo privilegiado no contacto entre as instituições e os órgãos de comunicação social. Para além de serem uma fonte indispensável para os jornalistas, a qualidade dos comunicados de imprensa de certo modo determina a qualidade das notícias a que dão origem. Assim, o conteúdo e a estrutura dos comunicados revestem-se de importância especial. Os comunicados, tal como outros trabalhos de comunicação, sem deixarem de ser claros e precisos, devem servir para despertar o interesse e a curiosidade do público-alvo — neste caso jornalistas e editores.

Este workshop terá um caráter essencialmente prático, sendo proposto aos participantes escreverem um comunicado de imprensa. Os participantes podem levar um artigo a partir do qual queiram escrever o seu comunicado, ou podem escolher um artigo de uma lista de sugestões.

A primeira parte será uma conversa sobre as qualidades essenciais de um comunicado de imprensa sobre ciência, após a qual cada participante criará o seu próprio texto. Embora a escrita seja um processo geralmente individual, neste segundo momento haverá também troca de ideias entre os participantes, em particular sobre a definição da mensagem principal de cada comunicado. Num momento final, os participantes, se assim o entenderem, poderão partilhar os seus textos. Esta diversidade de olhares sobre um texto de ciência pode enriquecer o trabalho final, pois permite uma aproximação do autor ao leitor. Terminaremos com a discussão de um possível fluxo de trabalho e de uma possível check-list para a criação de um comunicado de imprensa.

Falaremos sobretudo de comunicados de ciência, mas algumas das técnicas discutidas podem também aplicar-se a notícias e a outros textos de divulgação, como entradas de blogs e alguns textos para redes sociais.

 

Rita Ponce — docente convidada na ESE-IPS e na NOVA FCS em unidades curriculares sobre comunicação de ciência. Foi investigadora em biologia antes de se dedicar à comunicação de ciência. Estagiou na secção de ciência do jornal Público. É verificadora de factos em notícias de ciência, e participa na coordenação de um projeto dedicado à desinformação em notícias de ciência.

 

Os/As participantes devem trazer computador ou papel e caneta.

keywords: Comunicação institucional;Disseminação;Meios de comunicação social

[Oficina de Formação - Sessão de Formação]

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• O3. SoundScapes: Sonificar dados numéricos para comunicar e aprender ciência
  David Sousa Joana Silva Priscila Doran

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O3. SoundScapes: Sonificar dados numéricos para comunicar e aprender ciência

David Sousa¹ , Joana Silva¹ Priscila Doran¹

¹NUCLIO - Núcleo Interativo de Astronomia e Inovação em Educação

Já se perguntou como seria se fosse possível ouvir as estrelas ou as colisões de moléculas no ar? Embora estes fenómenos não produzam ondas sonoras, eles podem ser traduzidos em som por meio da sonificação. A oficina SoundScapes convida à exploração da sonificação de dados como uma abordagem inovadora para tornar o processo de investigação em ciência mais versátil e criativo, e a comunicação e educação para a ciência mais acessível, inclusiva e interdisciplinar. Sonificação permite mapear dados numéricos em representações auditivas e ultrapassar facilmente barreiras de iliteracia científica, tornando a compreensão de fenómenos complexos mais intuitiva. Além de beneficiar pessoas com deficiência visual, oferece uma narrativa cativante para explorar conceitos científicos, fomentando a escuta ativa, a interdisciplinaridade e o uso da música como linguagem universal. Esta abordagem permite interligar ciência, tecnologia e arte, enriquecendo os ambientes de aprendizagem e unindo diferentes formas de perceção e compreensão. Nesta oficina, os participantes poderão ficar a conhecer o que é a sonificação e que vantagens pode trazer para a comunicação de ciência, e ter contacto com ferramentas de eletrónica e programação que poderão ser usadas noutros contextos. 

Pessoa esponsável pela formação/dinamização: David Sousa é coordenador do projeto SoundScapes e será o facilitador da sessão. A sua experiência multidisciplinar nas áreas da biofísica, psicologia, cognição social e antropologia permitirá trazer uma perspetiva holística à representação de dados, e o seu trabalho como formador garantirá um acompanhamento adequado para todos os participantes.

 

Os/As participantes devem trazer computadores e auscultadores.

keywords: Arte e Ciência;Educação;Estratégias de comunicação

[Oficina de Formação - Sessão de Formação]

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• O4. Joga, Corta e Cola: Comunica Ciência
  Carla Emilie Pereira Marta Correia

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O4. Joga, Corta e Cola: Comunica Ciência

Carla Emilie Pereira¹ Marta Correia¹

¹Fundação Champalimaud

Objetivos

Transformar conceitos científicos em narrativas visuais, sejam elas abstratas ou concretas, através de um jogo interativo que oferece aos participantes a oportunidade de explorar e aplicar princípios fundamentais de design na criação de um suporte gráfico.

Explorar competências de design focadas em comunicar ideias de forma clara e eficaz, através de ferramentas e processos que facilitem tanto a criação quanto a leitura e interpretação de imagens. 

Introduzir a disciplina de design enquanto facilitador de diálogo e objeto de comunicação universal, capaz de ligar profissionais de diferentes áreas e o público em geral – Unir Horizontes. Qualquer pessoa pode aplicar conceitos e metodologias de design em projetos variados, seja para definir uma narrativa, transmitir uma mensagem ou criar uma experiência.

 

Plano detalhado

– Exposição inicial - 20’

• Breve introdução sobre o papel do design gráfico enquanto disciplina
• Explicação do jogo

– Criação de grupos - 10’

• Número total de participantes: 15 
• Cada grupo terá até 3 pessoas (idealmente com experiências e backgrounds diferentes)

– Desenvolvimento do jogo - 60’

• Escolha de conceitos científicos – cada grupo escolhe um conceito científico entre os disponíveis
• Processo de criação – composição de uma imagem através de colagens, com recurso aos materiais e às técnicas disponíveis
• Introdução de condicionantes criativas – ao longo do jogo serão introduzidos desafios que definem o processo criativo
  (além de palavras-chave e formatos, podem surgir outros desafios)

– Momento de partilha - 30'

• Apresentação por parte dos grupos
• Discussão e troca de ideias entre grupos

keywords: Cocriação;Design;Jogos

[Oficina de Formação - Sessão de Formação]

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Localização ARDITI.

Intervenientes:

- Ricardo Araújo | Museu de História Natural do Funchal (Diretor)
- Isabel Caldeira | Câmara Municipal de Santana/Reserva da Biosfera de Santana
- Ana Nóbrega | Museu da Baleia (Diretora)
- Pedro Sepúlveda | Direção Regional do Ambiente e Mar

Moderação

- Filipe Alves | MARE Madeira/ARDITI

• Inclusão pela ciência, estamos a fazer tudo o que podemos?
  João André Duarte Maria João Verdasca Ana Vieira da Silva Raquel Barata

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Inclusão pela ciência, estamos a fazer tudo o que podemos?

João André Duarte¹ , Maria João Verdasca^2,3 , Ana Vieira da Silva⁴ Raquel Barata⁵

¹Universidade de Lisboa

²Instituto Superior Técnico

³INESC-ID

⁴ITQB NOVA

⁵Serviços de Museus e IICT, Universidade de Lisboa

Atividades de comunicação de ciência atraem tradicionalmente um público bem definido, caracterizado por interesse prévio em ciência e excluindo pessoas com menos predisposição para os tópicos abordados. Este facto é particularmente relevante para grupos em risco de exclusão ou sub-representados, como imigrantes, comunidade surda, sem-abrigo, entre tantos outros. Nos anos mais recentes, os esforços para abranger estes públicos têm sido vários tal como, naturalmente, as estratégias para o fazer.

Os membros deste painel apresentam diversa experiência na abordagem ao desafio da inclusão pela ciência. João Duarte dedica-se a processos de participação social na investigação científica com foco em comunidades sub-representadas. Maria João Verdasca coordena o projeto Lab in a Box, dedicado ao ensino experimental das ciências em contexto escolar, contactando com diferentes realidades no âmbito educativo. Raquel Barata, como coordenadora do Núcleo Educativo e de Exposições, possuí uma experiência transversal na inclusão e dimensão social dos Museus. Ana Silva foi responsável pela organização da edição de 2024 da Noite Europeia dos Investigadores em Oeiras, um evento dedicado à ciência com foco na inclusão social. Desta forma, o tema da inclusão poderá ser abordado do ponto de vista da educação, dos museus, da ciência cidadã e trabalho com os bairros e da promoção de eventos de ciência.

As estratégias para o envolvimento de novos públicos serão o foco desta conversa, centrada em quatro pontos principais:

• O que está a funcionar bem, que formatos e estratégias têm sido implementadas e que indicadores de sucesso têm surgido delas.
• Que erros cometemos no processo de tornar os nossos trabalhos mais inclusivos e chegar a mais públicos e o que podemos aprender com eles.
• Que barreiras ainda persistem, quais os desafios que ainda não conseguimos superar e porquê.
• Quais os próximos passos coletivos para superar estas barreiras. O que podemos aprender uns com os outros, o que é que estamos a fazer bem e o que é que podemos melhorar.

O formato “sessão inversa” permitirá obter as perspetivas de todos os que se queiram juntar ao debate, enriquecendo-o de forma que não seria possível através de nenhum outro formato. Pretendemos que esta seja uma sessão rica em diversidade de abordagens, formatos, estratégias, áreas e ângulos de observação.

keywords: Diversidade e Inclusão;Divulgação Científica;Envolvimento do público

[Sessão Completa - Sessão Inversa]

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• Coordenar equipas (de comunicação de ciência): quedas livres e paraquedas!
  Marta Daniela Santos Ana Godinho Ana Sanchez Catarina Ramos Ivone Fachada

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Coordenar equipas (de comunicação de ciência): quedas livres e paraquedas!

Marta Daniela Santos¹ , Ana Godinho² , Ana Sanchez³ , Catarina Ramos⁴ Ivone Fachada⁵

¹Coordenadora do Gabinete de Comunicação, ITQB NOVA

²Former Head of Education, Communications and Outreach, CERN

³Professora Auxiliar, ITQB NOVA

⁴Head Communications, Events & Outreach, Fundação Champalimaud

⁵Membro da Direção da Agência Nacional para Cultura Científica e Tecnológica - Ciência Viva

Em comunicação de ciência trabalham profissionais de diferentes áreas: das ciências, comunicação, educação, artes… Comunicar de forma clara e cativante resulta também desta diversidade.

 

Muitas equipas de comunicação são one-person-shows: uma pessoa planifica e executa as várias tarefas de um projeto. O que acontece quando estas equipas crescem? (um cenário bastante desejado) Em particular, como é passar de uma posição marcadamente executora para uma mais estratégica e de liderança?

 

Como estabelecer a visão para a equipa e garantir que está alinhada com a da instituição? Como motivar e guiar colegas, inclusivamente no seu desenvolvimento profissional? Como assegurar que os processos continuam a fazer sentido e são seguidos por todos? E que, além do conhecimento técnico que possuem para a nova responsabilidade, adquirem também conhecimentos de gestão de pessoas e orçamentos?

 

Nesta sessão, Ana Godinho (Univ. Zurique), Ana Sanchez (ITQB NOVA) e Catarina Ramos (Fundação Champalimaud) partilharão a sua experiência na transição para a coordenação de equipas em entidades com diferentes características, numa conversa guiada por Marta Daniela Santos (ITQB NOVA). Terá essa mudança acontecido em queda livre? Ou contaram com paraquedas? 

 

É pouco frequente que quem começa uma função de coordenação tenha formação prévia em liderança, passando a aprender e aplicar em simultâneo, de forma acelerada, com a presença assídua da síndrome do impostor, conhecida por muitos de nós. 

 

Como podemos Unir Horizontes entre o mundo empresarial e a academia, onde a comunicação de ciência está fortemente representada? E aprender e adaptar boas práticas para gerir equipas e definir prioridades… As equipas de comunicação têm um papel crucial na interligação entre equipas de uma instituição, entre a sua comunidade interna e Direção: como potenciar este papel?

 

Acreditamos que esta sessão será relevante tanto para quem coordena como para quem é coordenado, para one-person-shows, para quem prepara o próximo passo profissional; para quem, não estando numa posição formal de liderança, possa aqui encontrar ideias para promover a mudança nas suas instituições. Acreditamos que inspirar equipas é, além de uma responsabilidade, um privilégio, e pretendemos por isso que esta mesa-redonda seja um espaço para troca de ideias e identificação de boas práticas.

keywords: Comunicação institucional;Estratégias de comunicação;Multidisciplinaridade

[Sessão Completa - Mesa Redonda]

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• Alargar horizontes: Ciência Cidadã e Cocriação em projetos financiados pela UE
  Maria João Leão Elisabete Brigadeiro Alexandra Vasconcelos Cristina Luís Maria Vicente

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  Sessão Completa_Alargar horizontes Ciência Cidadã e Cocriação em projetos financiados pela UE
  

Alargar horizontes: Ciência Cidadã e Cocriação em projetos financiados pela UE

Maria João Leão^1,2,3 , Elisabete Brigadeiro⁴ , Alexandra Vasconcelos⁵ , Cristina Luís^6,7 Maria Vicente⁸

¹Programa Ciência + Cidadã

²ITQB NOVA

³Município de Oeiras

⁴Gabinete de Ciência e Inovação, Município de Oeiras

⁵Gabinete de Ciência e Inovação do Município de Oeiras

⁶CIUHCT

⁷Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

⁸Plataforma de Ciência Aberta - Município de Figueira de Castelo Rodrigo

Os projetos de ciência cidadã e de cocriação representam estratégias inovadoras para aproximar a ciência da sociedade, promovendo colaborações multidisciplinares e inclusivas. Estes projetos beneficiam tanto os investigadores, que  têm a colaboração e novas perspetivas dos cidadãos nos seus trabalhos, como os cidadãos que participarem ativamente no avanço do conhecimento. Reconhecendo o seu potencial, a União Europeia tem incentivado a implementação destas iniciativas, através de aceleradores e financiamento em diversos programas. Propomos uma sessão completa em formato fishbowl, com a apresentação de projetos de ciência cidadã e de cocriação atualmente em curso em Portugal e financiados pela União Europeia, nomeadamente os projetos a) Oeiras Experimenta-IMPETUS, b) WelBeing Blitz-IMPETUS; b) SeaMic-EUTOPIA_Health; c) More4Nature e d) Bauhaus of the Seas Sails. A sessão fomentará ainda a participação no painel de representantes de outros projetos financiados pela União Europeia que estejam na audiência, promovendo um debate dinâmico e enriquecedor sobre os desafios e oportunidades no desenvolvimento de projetos de ciência participativa.

Propomos para esta discussão uma adaptação do formato fishbowl, com a possibilidade de no decorrer da sessão fazerem também parte do painel intervenientes do público (2 cadeiras livres no painel). Pretendemos com este formato que a partilha de ideias e experiências sobre o tema proposto seja aberta a todos, enriquecendo assim a discussão e tornando-a mais participativa.

Dinâmica da sessão:

 • O painel ficará distribuído em semicírculo (em vez do círculo fechado do fishbowl) e a audiência em frente ao painel também em semicírculo com espaço para as pessoas se levantarem e deslocaram caso queiram intervir no painel

• O moderador abre a sessão e cada convidado fará uma curta intervenção de 5 minutos e responderá a uma primeira ronda de perguntas

• Segue-se a abertura à participação de pessoas da audiência no painel. Estará sempre uma cadeira vazia. Quando alguém se sentar na cadeira vazia, a pessoa que estava na segunda cadeira livre sai. 

keywords: Ciência cidadã;Cocriação;Financiamento

[Sessão Completa - Fishbowl]

Ficheiros

Sessão Completa_Alargar horizontes Ciência Cidadã e Cocriação em projetos financiados pela UE


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Resumo: The notion of science communication as "the social conversation around science" emphasises the variety, richness and diversity of our encounters with science communication. Science communication is "society talking about science" in a variety of ways, with society obviously including scientists and scientific institutions.

Bio: Massimiano Bucchi is Professor of Science and Technology in Society at the University of Trento, Italy and has been visiting professor in academic and research institutions in Asia, Europe, North America and Oceania. He is the editor of the international journal Public Understanding of Science (Sage).

He has published papers in journals such as Nature and Science and several books published in more than twenty countries, including Science in Society (London and New York, Routledge, 2004), Beyond Technocracy (New York, Springer, 2009); Handbook of Public Communication of Science and Technology (London & New York, Routledge, 2014) and the 4vols anthology The Public Communication of Science (London & New York, Routledge, 2016, both ed. with B. Trench). He regularly contributes to newspapers and TV programmes.

Mais informações.

Moderadora: Maria Serrano

• Explorar, Descobrir, Participar: 3 projetos que envolvem estudantes na ciência
  Joana M. da Silva Pricila Doran Gustavo Rojas Rosa Doran

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  Explorar, Descobrir, Participar 3 projetos que envolvem estudantes na ciência
  

Explorar, Descobrir, Participar: 3 projetos que envolvem estudantes na ciência

Joana M. da Silva¹ , Pricila Doran¹ , Gustavo Rojas¹ Rosa Doran¹

¹NUCLIO

A escola é, muitas vezes, o principal — e em alguns casos, o único — contacto com a ciência para grande parte dos cidadãos. Assim, o envolvimento dos jovens na ciência durante os anos escolares é fundamental para despertar o interesse pela ciência e preparar a futura geração de cientistas e cidadãos informados e conscientes. Este trabalho apresenta três projetos — OTTERS, StAnD e EXPLORE — que envolvem ativamente os estudantes em atividades relacionadas com a astronomia, exploração espacial e ambientes aquáticos, proporcionando oportunidades únicas de participação e contacto com a ciência que vão para além da sala de aula.

O OTTERS utiliza a ciência cidadã para envolver os estudantes em iniciativas de conservação de ecossistemas marinhos e de água doce. Através da participação nestas campanhas, os alunos tornam-se agentes ativos na transformação social e na preservação dos ecossistemas aquáticos, desenvolvendo um vínculo mais profundo com a ciência e um maior compromisso com a proteção do meio ambiente. A integração da ciência cidadã nas escolas exigiu sensibilização e formação docente, que culminou no desenvolvimento de planos curriculares focados na proteção dos ambientes aquáticos e à realização da conferência OTTERS em maio de 2025.

O EXPLORE oferece uma experiência imersiva de exploração espacial, permitindo aos estudantes participar em atividades que simulam missões à Lua e Marte. Este projeto desenvolveu kits de atividades para a participação na primeira missão análoga, prevista para junho de 2025, abordando áreas como as geociências, robótica e comunicação intercultural. Ao envolver estudantes nesta atividade única, o EXPLORE pretende estimular o interesse na exploração espacial, promovendo uma aprendizagem STEM ativa.

Por último, o StAnD introduz os alunos ao tema da defesa planetária, dando a conhecer asteroides, meteoros e outros fenómenos cósmicos que podem ameaçar a Terra. O projeto conta com 12 câmaras de meteoros instaladas em 4 países, 5 kits de recolha de micrometeoritos e mais de 40 escolas a contribuir para descobertas científicas reais, através de campanhas de observação de asteroides.

Estes projetos demonstram diferentes abordagens para envolver os estudantes na ciência, despertando maior entusiasmo e preocupação por questões científicas através de experiências práticas e colaborativas.

keywords: Ciência cidadã;Educação;Interdisciplinaridade

[Comunicação Breve]

Ficheiros

Explorar, Descobrir, Participar 3 projetos que envolvem estudantes na ciência


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• OTTERS: Integrar a Ciência Cidadã na Educação através da Cocriação
  Priscila Doran Joana M. da Silva Jéssica Abrantes

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  SciComPt...S_NUCLIO
  

OTTERS: Integrar a Ciência Cidadã na Educação através da Cocriação

Priscila Doran¹ , Joana M. da Silva¹ Jéssica Abrantes¹

¹NUCLIO

A ciência cidadã é uma ferramenta poderosa para o envolvimento da comunidade no processo científico e no desenvolvimento comunitário. Esta apresentação pretende apresentar os resultados do trabalho de capacitação e educação do projeto OTTERS, demonstrando como a Ciência Cidadã aplicada aos ecossistemas aquáticos se pode integrar no currículo escolar e promover uma aprendizagem ativa, tornando a ciência acessível a todos.

O trabalho feito no âmbito do OTTERS envolveu 131 educadores na cocriação de um roteiro para a integração da Ciência Cidadã para proteção dos ambientes aquáticos no currículo escolar. Assim, educadores dos vários países do projeto participaram num processo de reflexão e de trabalho conjunto que permitiu uma abordagem participativa e focada nas suas necessidades.

Através desta iniciativa foi revelado que, para muitos participantes, o conceito de Ciência Cidadã era novo e frequentemente associado a ações concretas, como a limpeza de praias. Além disso, a relevância da Ciência Cidadã no currículo escolar foi debatida através de uma análise SCOT (Strengths, Challenges, Opportunities, Threats), que destacou a necessidade de sinergias com parceiros externos, campanhas de sensibilização para direções escolares e encarregados de educação, oportunidades de desenvolvimento profissional para docentes e uma abordagem escolar integrada.

Estes resultados serviram de base para os participantes desenvolverem um plano de integração de projetos de Ciência Cidadã relacionados com a proteção dos ecossistemas aquáticos no seu currículo, associando disciplinas e conteúdos específicos. Além disso, o sucesso desta iniciativa reforçou a importância da inclusão da Ciência Cidadã nas escolas e os desafios de educadores e estudantes na integração destas campanhas e da investigação científica na sala de aula. O feedback recebido durante o processo levou à realização de ações de formação para professores a nível europeu, à implementação do projeto em várias escolas europeias e à realização da conferência OTTERS - Waves of Change, prevista para Maio de 2025 em Oeiras, que reunirá especialistas da área da Ciência Cidadã, da biologia e ecologia aquática, da educação e da participação comunitária.

keywords: Ciência cidadã;Cocriação;Educação

[Comunicação Breve]

Ficheiros

SciComPt...S_NUCLIO


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• A Ciência para além das soluções - Repensando a Comunicação das Humanidades
  Aline Fernandes Carrijo

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A Ciência para além das soluções - Repensando a Comunicação das Humanidades

Aline Fernandes Carrijo¹

¹Mosaico

Quando pensamos em comunicar a ciência, qual é o objetivo? Entregar o resultado de pesquisas? Soluções para problemas específicos? Ou seria ampliar a capacidade de interpretação crítica da sociedade?

 

Esta proposta apresenta a Mosaico, uma iniciativa que divulga os estudos de pesquisadores das Ciências Humanas e valoriza suas experiências, explorando como a comunicação científica pode ir além da mera transmissão de conteúdo.

 

O problema central abordado é a percepção limitada de que a comunicação científica deve necessariamente oferecer soluções diretas e práticas, uma expectativa frequentemente moldada por modelos das ciências exatas e naturais. Para enfrentar essa questão, a Mosaico baseia-se em abordagens que enfatizam o diálogo transdisciplinar, destacando o papel das Humanidades na construção de narrativas que desafiam o utilitarismo contemporâneo. 
 

Metodologicamente, a Mosaico opera por meio de entrevistas de perfil com cientistas das Humanidades, buscando evidenciar o caráter processual e controverso da produção científica, bem como sua natureza social. Além disso, as pesquisas divulgadas são trabalhadas em formatos multimídia, tornando os conteúdos mais acessíveis a diferentes públicos. A inovação está em deslocar o foco da comunicação científica para o pensamento crítico e a empatia social, ressaltando a ciência não apenas como fornecedora de respostas, mas como mediadora de debates e questionamentos. Além disso, a partir da ideia de experiênica, apresenta os limites do próprio conhecimento científico, como uma realização essencialmente humana.
 

Essa apresentação beneficiará comunicadores de ciência ao demonstrar como as práticas desenvolvidas pela Mosaico podem ser adaptadas para ampliar o alcance e a eficácia da comunicação científica em seus próprios contextos. Além disso, discutirá a eficácia e a replicabilidade dessas abordagens, promovendo reflexões sobre a ciência como espaço de diálogo e inclusão social.

keywords: Diálogo Ciência-Sociedade;Divulgação Científica;Sociedade

[Comunicação Breve]

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• Noite Europeia dos Investigadores em Armamar:uma história contada a várias vozes
  Raquel Branquinho Joaquim Duarte Cândida Sarabando Cláudia Damião Inês Duarte Sofia Friães Marlene Lúcio Ana Santos-Carvalho Márcio Carocho Richard Marques Daniela Ribeiro Joana Cristina Barbosa Mariana Fernandes Joana Barbosa Sara Carrulo Susana Ambrósio Xana Sá-Pinto

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Noite Europeia dos Investigadores em Armamar:uma história contada a várias vozes

Raquel Branquinho^1,2 , Joaquim Duarte^3,2 , Cândida Sarabando^3,2 , Cláudia Damião^4,2 , Inês Duarte² , Sofia Friães^5,2 , Marlene Lúcio^6,7,8,2 , Ana Santos-Carvalho^9,10,11 , Márcio Carocho^12,13 , Richard Marques^14,15 , Daniela Ribeiro^16,14,15,17 , Joana Cristina Barbosa¹⁸ , Mariana Fernandes¹⁹ , Joana Barbosa²⁰ , Sara Carrulo^2,1 , Susana Ambrósio²¹ Xana Sá-Pinto²¹

¹Universidade do Porto, Faculdade de Letras, Porto, Portugal.

²ARMA-Sci/GOMA (Rede de Promoção do Capital Científico de Armamar), Armamar, Portugal.

³Agrupamento de Escolas Gomes Teixeira, Armamar, Portugal.

⁴Câmara Municipal de Armamar, Armamar, Portugal.

⁵Universidade de Alcalá, Madrid, Espanha.

⁶Centro de Física das Universidades do Minho e Porto (CF-UM-UP), Braga, Portugal.

⁷Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA) e Laboratório de Física para Materiais e Tecnologias Emergentes (LapMET), Braga, Portugal.

⁸Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM), Braga, Portugal.

⁹GeneT, CNC-UC - Centro de Neurociências e Biologia Celular, CiBB - Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal.

¹⁰Instituto de Investigação Interdisciplinar, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal.

¹¹Rede ScicomPt

¹²Centro de Investigação de Montanha (CIMO), Instituto Politécnico de Bragança, Campus de Santa Apolónia, Bragança, Portugal

¹³Laboratório Associado para a Sustentabilidade e tecnologia em Regiões de Montanha (SusTEC), Instituto Politécnico de Bragança, Campus de Santa Apolónia, Bragança, Portugal

¹⁴Instituto de Educação e Cidadania (IEC), Mamarrosa, Portugal.

¹⁵Association for World Innovation in Science and Health Education (AWISHE), Mamarrosa, Portugal.

¹⁶Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Porto, Portugal.

¹⁷Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto, Porto, Portugal.

¹⁸Centro de Biotecnologia e Química Fina & Escola Superior de Biotecnologia - Universidade Católica Portuguesa, Porto, Portugal.

¹⁹Centro de Química de Vila Real e Departamento de Química Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal.

²⁰Universidade Católica Portuguesa, CBQF - Centro de Biotecnologia e Química Fina – Laboratório Associado, Escola Superior de Biotecnologia, Porto, Portugal.

²¹Centro de Investigação em Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores, Universidade de Aveiro, Aveiro, Portugal.

A primeira edição da Noite Europeia dos Investigadores em Ambientes Rurais – Armamar (NEI-Armamar 2023) marcou um passo importante na promoção da cultura científica neste território rural. Este evento integrou o consórcio internacional SCIEVER – “Ciência para todos: sustentabilidade e inclusão” e demonstrou como a ciência pode ser uma ferramenta poderosa para democratizar o conhecimento, fortalecer o desenvolvimento local e inspirar projetos de cocriação. 

Com a participação de mais de 200 membros da comunidade, 69 voluntários (incluindo alunos do Agrupamento de Escolas Gomes Teixeira), e 29 cientistas de 9 áreas disciplinares e de 14 instituições, a NEI-Armamar perseguiu três objetivos principais: i. descentralizar a ciência, ii. aproximar investigadores da comunidade local, iii. fomentar a literacia científica. 

Como legado e prova de impacto do evento foi publicado um livro colaborativo que amplifica 62 vozes de todos os envolvidos — investigadores, educadores, estudantes, autoridades locais, organização e comunidade de Armamar. Disponível em acesso aberto (doi.org/10.48528/vh3d-zx88), o livro documenta esta experiência coletiva, e fomenta um sentimento de pertença e orgulho na comunidade. Além disso, este livro pretende contribuir para promover o conhecimento e aproximar os leitores, que não tiveram a oportunidade de participar no evento, da ciência. Este recurso inspira ainda a replicação de eventos semelhantes em outros contextos rurais e/ou com acesso limitado ao conhecimento científico. O impacto positivo da NEI-Armamar impulsionou ainda a criação da Associação ARMA-Sci, uma rede dedicada a fortalecer o capital científico local e assegurar a continuidade de iniciativas que promovam a ciência como motor de desenvolvimento comunitário.

Este trabalho convida comunicadores de ciência a refletir sobre o poder das narrativas colaborativas na descentralização da ciência, no fortalecimento das comunidades rurais e na promoção de maior resiliência e coesão social.

 

 

keywords: Cocriação;Envolvimento do público;Noite Europeia dos Investigadores

[Comunicação Breve]

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• Projeto Comunidades + Energéticas | Aproximar as Comunidades à Ciência
  Mário Daniel Vilas Íris Salcedas Gonçalo Gouveia Mário Farinha Mariana Serra Yumna Tinga Pedro Costa António Frazão Miguel Brito Dmitri Boutov Ivo Costa Valéria Dubceac

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Projeto Comunidades + Energéticas | Aproximar as Comunidades à Ciência

Mário Daniel Vilas^1,2 , Íris Salcedas^1,2 , Gonçalo Gouveia^1,2 , Mário Farinha^1,2 , Mariana Serra^1,2 , Yumna Tinga^1,2 , Pedro Costa^1,2 , António Frazão^1,2 , Miguel Brito^1,3 , Dmitri Boutov¹ , Ivo Costa^1,4 Valéria Dubceac^1,2

¹Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

²Oficina das Energias | Núcleo de Estudantes de Eng. Energia e Ambiente de Ciências-ULisboa

³Instituto Dom Luís

⁴Instituto Dom Luis

O Comunidades + Energéticas (C+E) é um projeto de comunicação e divulgação de Ciência desenvolvido pela Oficina das Energias | Núcleo de Estudantes de Eng. Energia e Ambiente da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. É uma adaptação do antigo projeto "Energia nas Escolas" da Oficina das Energias, criado em 2014, que visava levar a escolas do Ensino Básico temas abordados no curso: Energia e Ambiente.

 

O Comunidades + Energéticas surge da vontade de expandir as suas fronteiras para além das escolas do ensino básico, incluindo alunos do Secundário, Ensino Superior e a sociedade civil, envolvendo assim todos os elementos de uma Comunidade: crianças, jovens, adultos e idosos.

 

O objetivo do projeto é educar, sensibilizar, introduzir e descomplicar temas como energias renováveis, mobilidade sustentável, transição energética, reciclagem e sustentabilidade. A abordagem prática e descontraída permite, por exemplo, aprender sobre as funções do Sol enquanto se prepara um bolo num forno solar, construir um carrinho solar para entender o funcionamento de um painel fotovoltaico ou discutir transição energética enquanto se constrói uma turbina eólica.

 

No último ano, as nossas iniciativas já chegaram a mais de 10 turmas do Ensino Básico dentro e fora de Lisboa, a mais de 200 alunos do Secundário (nacionais e internacionais) que visitaram o campus de Ciências-ULisboa e a mais de 40 famílias nos eventos em que participamos.

 

Os próximos passos do C+E são: A) incluir idosos, utilizando lares e casas de repouso como espaços de partilha de conhecimento e ciência; B) criar atividades e jogos sobre outros temas da Sustentabilidade; C) realizar uma avaliação de impacto.

 

O Comunidades + Energéticas contribui para o Laboratório Vivo para a Sustentabilidade de Ciências-ULisboa e para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, em particular os ODS 4 (Educação de Qualidade), 7 (Energias Renováveis e Acessíveis), 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis) e 13 (Ação Climática).

keywords: Diálogo Ciência-Sociedade;Educação não formal;Sustentabilidade

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• Comunicar ciência psicológica a crianças: o que torna um vídeo atrativo?
  Ana Isabel Gomes Sara Hagá

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Comunicar ciência psicológica a crianças: o que torna um vídeo atrativo?

Ana Isabel Gomes¹ Sara Hagá¹

¹Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, Centro de Investigação em Ciência Psicológica (CICPSI)

O projeto “Queres saber uma coisa...?” visa comunicar conceitos da ciência psicológica a crianças de 8 a 10 anos, através da produção de vídeos por estudantes da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa. Os estudantes recebem formação por um especialista em vídeos de comunicação de ciência e uma comissão de especialistas do Centro de Investigação em Ciência Psicológica (CICPSI) pronuncia-se sobre o rigor e clareza dos conteúdos apresentados nos vídeos. Os vídeos validados são exibidos em escolas, onde as crianças avaliam o quanto gostaram de cada um, utilizando uma escala pictórica de 5 pontos. Os vídeos preferidos pelas crianças são disponibilizados online. O projeto, que une horizontes entre ensino básico e ensino superior e integra o programa Cientificamente Provável das Secretarias de Estado da Educação e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, está na sua 3ª edição e recebe financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Nesta comunicação, apresentaremos os resultados de um estudo em curso, em que características (e.g., duração, formato, narração) dos 28 vídeos exibidos em escolas na 2ª edição são cruzadas com as avaliações que 365 crianças fizeram desses mesmos vídeos (entre 35 e 45 crianças por vídeo). O principal objetivo é explorar eventuais preditores da atratividade deste tipo de vídeos para crianças, contribuindo para o diálogo na comunidade de comunicadores de ciência sobre melhores práticas na criação de conteúdos educativos para o público infantil. Alinhada com o tema do Congresso “Unir Horizontes”, a nossa investigação não só destaca a importância da colaboração entre comunicadores de ciência, psicólogos, educadores e crianças, como procura unir o horizonte presente da curiosidade das crianças ao horizonte futuro de adultos cada vez mais envolvidos no conhecimento científico.

keywords: Ciência cidadã;Divulgação Científica;Vídeo

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• De certeza que já ouviste falar em ETs. E em EVs?
  Judite Costa Inês Gomes Rúben Silva

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De certeza que já ouviste falar em ETs. E em EVs?

Judite Costa¹ , Inês Gomes¹ Rúben Silva¹

¹NOVA Medical School

O projeto EVCA – Vesículas Extracelulares em Aplicações Clínicas – surge como uma iniciativa inovadora para posicionar a NOVA Medical School (NMS) como um Centro de Excelência em diagnóstico e terapêutica avançada com base em vesículas extracelulares (EVs). O projeto, realizado em colaboração com instituições de renome internacional, como o Institut Curie (França) e o CIC bioGUNE (Espanha), aproveita conhecimento multidisciplinar, promove as melhores práticas de investigação e fomenta o crescimento científico e a inovação.

 

Mas o que são afinal EVs? São pequenas estruturas membranares libertadas pelas células para o meio extracelular. Embora inicialmente consideradas resíduos de “lixo celular”, hoje são reconhecidas como elementos-chave na comunicação intercelular, desempenhando papéis essenciais tanto em contextos fisiológicos como patológicos, incluindo o desenvolvimento de doenças como o cancro. O seu potencial como biomarcadores de diagnóstico e ferramentas terapêuticas está a revolucionar a medicina personalizada. Partilhar este conhecimento com comunicadores de ciência é crucial, pois estes profissionais desempenham um papel fundamental na disseminação da investigação biomédica inovadora para o público em geral.

 

Durante a demonstração, os participantes terão a oportunidade de explorar o universo das vesículas extracelulares de uma forma acessível, interativa e divertida, através de materiais informativos que explicam o que são as EVs, como funcionam e quais as suas aplicações.  A atividade principal será um jogo didático que permitirá aos participantes testar e expandir os seus conhecimentos sobre EVs.

Esta atividade combina divulgação científica, interatividade e jogo, elementos que tornam o conceito acessível e apelativo para uma audiência diversificada. A abordagem didática facilita a compreensão de um tema complexo sem comprometer o rigor científico, ao mesmo tempo que incentiva uma experiência prática e lúdica. A demonstração será conduzida por comunicadores do projeto EVCA, dedicados a transformar a investigação em mensagens claras e interessantes para o público-alvo.

keywords: Diálogo Ciência-Sociedade;Divulgação Científica

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• Vinte cinco anos do Pavilhão do Conhecimento: marco na comunicação de ciência
  Dora Dias

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  Comunicação breve_DoraDias
  

Vinte cinco anos do Pavilhão do Conhecimento: marco na comunicação de ciência

Dora Dias¹

¹Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica

Em 2024 celebrou-se o 25.º aniversário do Pavilhão do Conhecimento – Centro Ciência Viva, o maior Centro de Ciência do país e a sede da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica. Surgiu numa altura em que os programas de educação e cultura científica eram escassos, assim como os museus de ciência modernos. Desde que abriu portas ao público a 25 de julho de 1999, já recebeu mais de 40 exposições de várias áreas da ciência e tecnologia, desde a física, à biologia, percorrendo a matemática, até às ciências sociais, e que foram visitadas por mais de 4.7 milhões de visitantes. Cerca de 300 mil visitantes continuam a visitar o Pavilhão do Conhecimento, todos os anos. Em 2023, o público nacional correspondeu a 82% dos visitantes, constituído maioritariamente por famílias (62%). Do público estrangeiro, as nacionalidades com maior representação foram a brasileira (17%) e espanhola (15%).

A acessibilidade à cultura científica para todos é uma das preocupações do Pavilhão do Conhecimento, tendo criando a “Bilheteira Solidária”, que disponibiliza 20 entradas diárias gratuitas permanentemente para pessoas que desejem visitar o centro, mas que não tenham condições para o fazer.

Desenvolve também projetos inovadores como é o exemplo da Escola Ciência Viva, que promove o ensino experimental. Inaugurada em 2010, a Escola Ciência Viva foi a primeira escola do 1.º ciclo a funcionar num centro de ciência em toda a Europa. Recebe todas as semanas duas turmas do 1.º ciclo e uma turma do ensino pré-escolar de agrupamentos de escolas de Lisboa. Este projeto já foi premiado internacionalmente, tendo abrangido cerca de 15 mil alunos de 87 escolas.

O Pavilhão do Conhecimento posiciona-se como instituição de referência na promoção da cultura científica e no debate sobre a ciência e a tecnologia ao serviço do desenvolvimento sustentável da sociedade e como exemplo de práticas sustentáveis.

keywords: Diálogo Ciência-Sociedade;Divulgação Científica

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Moderador: Mário Montenegro

• Identidade visual do Metamersion, um ciclo de eventos que cruza arte e ciência
  Marta Correia João Van Zelst Catarina Ramos Teresa Fernandes

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Identidade visual do Metamersion, um ciclo de eventos que cruza arte e ciência

Marta Correia¹ , João Van Zelst¹ , Catarina Ramos¹ Teresa Fernandes¹

¹Fundação Champalimaud

Metamersion é o nome de um ciclo de eventos anuais, abertos aos público, que combina arte, multimédia, terapêuticas digitais, investigação científica e desenvolvimento tecnológico e que pretende estabelecer uma nova aposta da Fundação Champalimaud (FC) - o Centro de Terapêuticas Digitais, um espaço que irá integrar conhecimento sobre percepção e movimento na investigação fundamental e nos cuidados de saúde.

 

Apesar do nome deste ciclo, criado em 2022, ser mantido desde então, já a sua imagem é criada especificamente para cada uma das edições. Nesta apresentação iremos focar-nos no desenvolvimento da identidade visual que serviu a sua terceira edição – Metamersion: Healing Algorithms, de 2024. 

 

Para o processo de criação da identidade deste evento de arte e ciência, partimos do conceito de algoritmo que foi retirado do seu habitual contexto matemático e transportado para a composição de uma imagem que se pretendia equilibrada e atractiva, ao mesmo tempo que capaz de traduzir visualmente o processo de saúde e tratamento/cura.

 

Será partilhado o resultado deste processo criativo, que envolveu uma colaboração interdisciplinar, durante o qual foram integrados elementos visuais e sonoros enquanto estratégia para traduzir e representar o conceito desta edição do Metamersion de forma envolvente e, ao mesmo tempo, acessível.

 

Esta abordagem será um ponto de partida para questões como: i) as fases de um processo criativo e iterativo que, neste caso, envolveu colegas com diferentes competências e papéis na FC e no novo Centro de Terapêuticas Digitais; ii) os desafios inerentes a este tipo de explorações;  iii) as estratégias encontradas, que levaram à criação de uma identidade visual que, não só alia inovação tecnológica e comunicação de saúde e ciência, como também destaca o papel fundamental do design na comunicação do conhecimento científico e; iv) a importância da criação de experiências capazes de conectar arte e ciência de forma significativa/impactante.

 

Partindo do desenvolvimento da identidade visual do Metamersion, o design será aqui destacado como uma disciplina que cruza diferentes áreas - das artes à ciência - capaz de Unir Horizontes, tema central da edição de 2025 do SciCom Pt.

 

keywords: Arte e Ciência;Design;Interdisciplinaridade

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• O Streaming como ator pedagógico na literacia em saúde mental
  Filipe Barrocas Lima

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O Streaming como ator pedagógico na literacia em saúde mental

Filipe Barrocas Lima¹

¹ICNOVA

A saúde mental tem-se tornado um tema cada vez mais presente na sociedade contemporânea, desde logo tendo em conta o número crescente de pessoas que sofre com algum tipo de perturbação mental (Almeida & Xavier, 2013; Universidade de Évora, 2023; Lusa 2023).

 

Em particular, plataformas de streaming como a Netflix, Prime Video, Disney+ ou Max, cuja adesão e consumo tem vindo a aumentar (Grece, 2021; Grupo Marktest, 2022; Baldi & Cardoso, 2022; Nielsen, 2022) têm produzido e distribuído inúmeros filmes e séries ficcionais que abordam a saúde mental recorrentemente.

 

Olhar para este fenómeno ganha relevância, dado o papel crescente destas plataformas na formação de opiniões e no conhecimento científico popular (Tatullo, 2019; Xia et al., 2022; Yeo & Silberg, 2021).

 

Como parte integrante de um projeto de doutoramento, esta comunicação apresenta o quadro conceptual em que se inserem as produções audiovisuais exibidas em streaming como uma proposta pedagógica e enquanto contributo para a literacia em saúde mental.

 

A análise preliminar das produções audiovisuais exclusivas em streaming permite dar conta de que muitos dos sucessos apresentados como “os mais vistos” abordam a saúde mental, seja pela caracterização dos personagens com perturbação mental (e.g., Euphoria, 2019) ou através de argumentos que retratam episódios de terapia mental (e.g., Atypical, 2017). Numa outra produção mais controversa, 13 Reasons Why (Netflix, 2017), assistimos, por um lado, à glamourização do suicídio de uma jovem; por outro, à cuidada representação da perturbação de stress pós-traumático num conjunto de personagens secundários.

 

Apesar das particularidades de cada guião, é possível concluir que existem certos padrões de representação. Se, em alguns casos, as perturbações mentais são descritas de forma ética e responsável, noutros privilegia-se o entretenimento descurando o impacto social dessas produções audiovisuais. É neste âmbito que a comunicação de ciência encontra espaço para a investigação e reflexão – poderá a ciência ser comunicada através da ficção?

keywords: Arte e Ciência;Digital;Literacia científica

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• Actor, comunicador y pianista en escena... y ahora tambien una pieza de museo
  Manuel Vicente César Martínez Juan José Fernández

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  Comunicação breve_Manuel Vicente
  

Actor, comunicador y pianista en escena... y ahora tambien una pieza de museo

Manuel Vicente¹ , César Martínez² Juan José Fernández³

¹Efevesciencia

²Efervesciencia

³Conservatorio Histórico de Santiago

Naukas es la plataforma más exitosa de festivales científicos en España. En 2023 en el festival Naukas Valladolid se estrenó "La Chispa Mágica”. En este espectáculo se mezclan la música del piano con stand-up comedy, teatro y canciones para contar la historia del científico gallego del siglo XIX Antonio Casares y su participación en la primera demostración de luz eléctrica en España.

El proceso creativo de la obra se ha realizado a 6 manos entre el actor, el músico y el comunicador de ciencia que realizan la representación. Formalmente es un formato similar al espectáculo “Elemental” de 2019 que se presentó como comunicación breve en Scicom Pt de Braganza en 2023. Por otro lado “La chispa mágica” incorpora novedades narrativas y escénicas:

1. El uso de la novela inédita “La chispa mágica” de Armando Cotarelo Valedor de 1923 a modo de libreto de opera para reconstruir la noche del 2 de abril de 1853 en la que Antonio Casares ilumina el claustro de la Universidad de Santiago con un arco voltaico.
2. El empleo de un arco voltaico original de 1890 cedido por el museo de la Fundación Fernando Blanco de Cee.
3. La integración de recursos de vídeo paralelos a la actuación para dar a conocer espacios relacionados con Antonio Casares.

La puesta en funcionamiento del arco voltaico histórico es el final en alto de la obra. Según nuestro conocimiento, no es nada habitual que piezas históricas de un museo científico se pongan en marcha y se integren en espectáculo teatral fuera del mismo museo.

La Chispa Mágica pretende realizar una reflexión sobre el impacto de la luz eléctrica, con especial acento a la cronobiología y a la contaminación lumínica.

El resultado es un producto cultural de entretenimiento para un público adulto que no tiene por qué tener un interés especial por la ciencia. Hemos conseguido incorporar “La Chispa Mágica” tanto en gallego como castellano dentro del catálogo de espectáculos de Aine, una de las productoras teatrales más importantes de Galicia.

keywords: Arte e Ciência;História da Ciência;Museus

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Comunicação breve_Manuel Vicente


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• Dois violinos tocam ciência
  João Gaspar Clara Dias António Ramos

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  dois violinos tocam ciência-1
  

Dois violinos tocam ciência

João Gaspar¹ , Clara Dias² António Ramos

¹Centro de Química de Coimbra - Universidade de Coimbra

²Ritornello - Associação Cultural

"Concerto Interativo para Crianças" é uma iniciativa do Duo Ritornello, composto pelos violinistas Clara Dias e António Ramos.

Os dois músicos criam e dinamizam concertos interativos com alinhamento específico em cada sessão e com o objetivo de unir música e ciência numa experiência envolvente e intimista que, apesar do título, se públicos de todas as idades. As sessões, com entrada livre, duração de 45 minutos e periodicidade bimestral, decorrem alternadamente em dois locais de ciência na cidade de Coimbra (Exploratório-UC e Observatório-UC).


Partindo de composições clássicas de Mozart, Bartók ou Bach, são explorados temas de ciência à medida do público, que aliam a curiosidade científica ao interesse pela educação musical e que estimulam tanto a escuta ativa e o pensamento crítico-científico sobre o que se ouve como a imaginação à boleia da música ou das projeções vídeo num planetário. A física do som, frequência da vibração e ressonância, a propagação de ondas, os sons dos animais mimetizados pelos instrumentos a matemática da escala musical ou a métrica do compasso são alguns dos veículos que levam o público numa viagem pela descoberta rítimica e os seus paralelismos e ligações a fundamentos da ciência. 
 

Até ao momento decorreram quatro sessões, com um total de cerca de 150 participantes, e estão programadas mais duas sessões durante ainda o primeiro semestre de 2025.
Sendo uma iniciativa cujo impacto é difícil de avaliar de forma robusta e consistente, espera-se durante as próximas sessões recolher dados sobre a satisfação e a fidelização de público ao longo do tempo. Dados preliminares indicam que a recetividade do público à iniciativa é bastante positiva e a maioria tende a querer repetir a presença em futuras sessões.

Com esta comunicação espera-se precisamente um contributo para o debate da comunidade de comunicadores/as de ciência sobre o processo de divulgação, replicabilidade, e avaliação de atividades que unem horizontes científicos e artísticos e tentam juntar públicos de ciência e de música - quais as semelhanças e as diferenças do pensamento científico e do pensamento criativo e como podemos explorar a universalidade da linguagem musical como veículo para a divulgação de ciência sem fronteiras.

 

keywords: Arte e Ciência;Criatividade;Envolvimento do público

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dois violinos tocam ciência-1


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• PhD Chain Reaction podcast: propagar a Ciência através de reações em cadeia
  Carlos E. Costa

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PhD Chain Reaction podcast: propagar a Ciência através de reações em cadeia

Carlos E. Costa¹

¹LABBELS - Associate Laboratory, Braga/Guimarães, Portugal

O PhD Chain Reaction é um podcast dedicado à divulgação dos projetos de doutoramento dos alunos, promovendo a comunicação de ciência e aproximando a investigação da sociedade.

A dinâmica do podcast baseia-se numa “reação em cadeia”: o doutorando entrevistado em cada episódio assume o papel de entrevistador no episódio seguinte. Esta abordagem única cria uma rede de partilha entre pares, permitindo a troca de experiências, metodologias e resultados, enquanto fortalece as competências de comunicação dos participantes.

O impacto é avaliado através de métricas de audiência e feedback qualitativo, destacando o aumento da visibilidade dos projetos de doutoramento e a valorização da experiência pelos alunos. Este formato fomenta também um debate sobre o papel dos doutorandos na comunicação de ciência, mostrando como iniciativas colaborativas podem contribuir para a literacia científica.

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Financiamento: Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) através do LABBELS Laboratório Associado (LA/P/0029/2020)

keywords: Digital;Disseminação;Podcast

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• COVID-19 em 2427 Publicações: O Instagram da DGS na Literacia em Saúde
  Filipe Barrocas Lima

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COVID-19 em 2427 Publicações: O Instagram da DGS na Literacia em Saúde

Filipe Barrocas Lima¹

¹ICNOVA

A 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde reconheceu oficialmente a COVID-19 como uma pandemia – uma doença infecciosa causada por um novo coronavírus, de fácil propagação e associada a sintomas de infeção respiratória aguda.

 

Face ao desconhecimento inicial sobre o vírus, tornou-se essencial informar a população sobre a doença, fornecer recomendações de saúde e incentivar a prevenção do contágio da COVID-19. Os media dedicaram uma atenção significativa ao tema, com destaque para as redes sociais, devido à sua ampla acessibilidade e uso informal. Neste cenário, a Direção-Geral da Saúde (DGS) em Portugal reforçou as suas ações comunicacionais ao criar um perfil no Instagram, logo no início da pandemia.

 

Este estudo, de caráter exploratório e descritivo, baseia-se na análise de conteúdo (Bardin, 2000) dos 2427 posts publicados pela DGS entre março de 2020 e maio de 2023. O objetivo passou por determinar a prevalência do tema “COVID-19” e fazer uma análise sistémica dos subtemas, atores sociais envolvidos, recursos multimédia utilizados (como fotografias, ilustrações, tipografia, vídeos, animações e recortes de imprensa). Os resultados revelam que mais de metade das publicações (53,7%) abordaram a COVID-19. A gestão deste novo perfil social destacou-se pela elevada produção de conteúdos multimédia, apelativos e visualmente equilibrados, combinando estratégias de comunicação de crise (Espanha, 2020) com diferentes níveis de eficácia, ora numa abordagem reativa, ora proativa. Os dados quantitativos obtidos evidenciam não apenas um esforço contínuo para promover a literacia em saúde (Lopes & Almeida, 2018; Sørensen, 2018; Almeida & Fragoeiro, 2023), mas também um trabalho significativo já realizado nesta área. Contudo, não foi possível determinar a eficácia destas ações junto dos cidadãos através da presente análise.

keywords: COVID-19;Digital;Literacia científica

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• Sismar: o podcast para comunicar o risco sísmico
  Mónica Amaral Ferreira Alexandra Carvalho

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Sismar: o podcast para comunicar o risco sísmico

Mónica Amaral Ferreira^1,2 Alexandra Carvalho^1,3

¹Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica

²Instituto Superior Técnico, CERIS

³LNEC

O podcast Sismar foi criado com o objetivo de comunicar o risco sísmico a um público alargado, indo além daqueles que investigam ou trabalham diretamente na área. Sendo o risco sísmico uma realidade em Portugal, é fundamental educar, comunicar, informar e mudar a percepção da população sobre este tema.

Produzido pela Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica, o Sismar tem como missão envolver um público diversificado em conversas sobre o risco sísmico e as estratégias de mitigação. Em cada episódio, as apresentadoras Mónica Amaral Ferreira e Alexandra Carvalho conversam com investigadores, especialistas ou outras personalidades, sempre com foco no risco sísmico, sua mitigação e resiliência.

O podcast foi lançado a 28 de Fevereiro de 2024, no dia em que se assinalaram os 55 anos do sismo de 1969. Até Dezembro de 2024, conta com 20 episódios e mais de 4000 reproduções no Spotify, sendo ouvido não apenas em Portugal, mas também no Brasil, Estados Unidos, Reino Unido e em diversos outros países.

Recentemente, o Sismar foi incluído na lista de podcast da Plataforma PreventionWeb, a plataforma das Nações Unidas dedicada à partilha de conhecimento sobre redução do risco de desastres e resiliência.

keywords: Educação;Podcast;Sociedade

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• Plano D – Diálogos Interdisciplinares entre Direito, Ciência e Sociedade
  Marta Graça

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Plano D – Diálogos Interdisciplinares entre Direito, Ciência e Sociedade

Marta Graça¹

¹Instituto Jurídico da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra

A comunicação de ciência no Direito encontra-se ainda em desenvolvimento e existe pouco conhecimento da conexão existente entre esta disciplina, outras áreas do saber e a sociedade. Com o objetivo de destacar a relevância e a transversalidade do Direito em todos os domínios da vida humana e apresentar as conexões entre o Direito, outras áreas científicas e a sociedade, implementámos um projeto interdisciplinar de comunicação de ciência, designado por Plano D – Diálogos com o Direito. Este projeto, desenvolvido pelo Instituto Jurídico da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (IJ), em parceria com a licenciatura em Multimédia do Instituto Superior Miguel Torga (ISMT), consiste em oito conversas sobre temas polémicos e atuais, gravadas em vídeo, com cerca de 30 minutos, com investigadores/as do IJ, de outros centros de investigação/faculdades da Universidade de Coimbra (UC) ou do ISMT, e representantes da sociedade civil. Os debates incluem temas como a ação climática, as moedas virtuais, a saúde mental, os desafios da habitação, os conflitos armados e guerra, as políticas das drogas, a identidade de género e a inteligência artificial. Estas conversas, em linguagem clara e acessível a públicos não especializados, decorreram e foram filmadas em diversos espaços da UC e da comunidade, conforme a temática. O público alvo é constituído por investigadores/as, estudantes, empresas, ONG e sociedade. Os vídeos encontram-se alojados no YouTube do IJ e são divulgados nas redes sociais. Optámos pela gravação e disponibilização online para conseguirmos alcançar o público que reside em zonas periféricas e de diferentes contextos sociais e culturais. A avaliação compreende a análise quantitativa através dos analíticos das redes sociais e análise temática através dos comentários, monitorizando o alcance e o impacto. Mediante os resultados obtidos, iremos repensar o projeto de forma a expandir o seu alcance e relevância. Com a partilha desta experiência interdisciplinar de comunicação de ciência, pretendemos divulgar esta forma de comunicar e lançar o debate sobre a importância de desvendar as conexões existentes entre as várias disciplinas científicas e o conhecimento prático ou do senso comum, que juntos podem contribuir para a resolução de problemáticas no contexto de complexidade e imprevisibilidade atual.

 

keywords: Diálogo Ciência-Sociedade;Interdisciplinaridade;Vídeo

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Moderadora: Rita Ponce

• Aprender de forma lúdica: um exemplo de estratégias criativas na saúde oral
  Raquel Silva Ana Sofia Duarte Ricardo Braguês Patrícia Correia

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  Comunicação breve RMSilva
  

Aprender de forma lúdica: um exemplo de estratégias criativas na saúde oral

Raquel Silva¹ , Ana Sofia Duarte¹ , Ricardo Braguês² Patrícia Correia³

¹Universidade Católica Portuguesa, Faculdade de Medicina Dentária e Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde, Viseu, Portugal

²Universidade Católica Portuguesa, Faculdade de Medicina Dentária, Viseu

³Universidade Fernando Pessoa, Faculdade de Ciências da Saúde, RISE-Health e I3ID-UFP, Porto

As crianças sujeitas a tratamento contra o cancro apresentam frequentemente efeitos secundários debilitantes. Uma das condições mais prevalentes é a mucosite oral, definida como a inflamação da mucosa oral, e pode limitar a capacidade de comer, beber ou falar. 
Este projeto, desenvolvido em parceria com a Fundação Rui Osório de Castro, tem como objetivo explicar o que é esta condição, os seus sintomas e cuidados a ter para aliviar o desconforto e evitar as infeções, através de folhetos informativos com linguagem adaptada às crianças, adolescentes e seus cuidadores. No folheto para crianças, os cuidados a ter em caso de mucosite oral são apresentados de forma lúdica, como Jogo da Glória.
Os folhetos estão a ser distribuídos nos Centros de Referência nacionais na área de Oncologia Pediátrica e a versão digital pode ser consultada no PIPOP (Portal de Informação Português de Oncologia Pediátrica). A informação será desta forma transmitida não só à criança/jovem e aos seus pais/cuidadores, mas também aos irmãos e outros familiares próximos (avós, tios, primos). Os folhetos podem até ser divulgados pelos amigos, colegas da escola e professores. Esta estratégia alargada aos públicos satélite pode servir de inspiração para outras áreas da saúde e proporcionar uma comunicação mais eficaz na promoção do cuidado e bem-estar. 
Com este trabalho, espera-se transmitir instruções de saúde oral de forma divertida, para conseguir uma melhor gestão dos pacientes pediátricos oncológicos, com redução das formas mais graves mucosite oral e melhoria da sua qualidade de vida.

 

Agradecimentos
Este trabalho teve o apoio da Fundação Rui Osório de Castro no âmbito do projeto “Perceber para prevenir a mucosite oral em crianças com doença oncológica”. Agradecemos à FCT e à UCP pelo financiamento do CIIS (UIDB/04279/2020) e pelo financiamento institucional de RMS (CEECINST/00137/2018/CP1520/CT0012) e ASD (CEECINST/00137/2018/CP1520/CT0013).

keywords: Diálogo Ciência-Sociedade;Estratégias de comunicação;Literacia científica

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Comunicação breve RMSilva


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• No Fundo Portugal é Mar-15 anos a divulgar a Extensão da Plataforma Continental
  Monica Albuquerque

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  Scicom Monica Albuquerque
  

No Fundo Portugal é Mar-15 anos a divulgar a Extensão da Plataforma Continental

Monica Albuquerque¹

¹EMEPC

A Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC) foi criada em 2005, com a missão de preparar, submeter e defender a Proposta portuguesa de extensão da plataforma continental junto das Nações Unidas. A proposta foi submetida em 2009 e em 2017, após ter sido revista.

Ciente do desígnio nacional e da importância estratégica, pela vertente científica, social, política e principalmente económica, um dos principais objetivos da EMEPC é "Divulgar a importância da extensão da plataforma continental". A EMEPC desde 2009 desenvolveu esforços para a ampla divulgação do Projeto e da importância do crescimento do seu território. Foram realizadas inúmeras exposições, feiras, campanhas científicas, visitas de estudo ao robot de operação remota ROV LUSO (tecnologia de ponta), programas de literacia, milhares de palestras, conferências, bem como foram produzidos materiais para várias idades. Embora seja um projeto de grande importância estratégica, o conhecimento sobre o mesmo parece ser ainda limitado, pois é um assunto pouco divulgado e de conhecimento bastante restrito entre o público geral, sendo um tema que recebe menos atenção mediática que outros mais tradicionais ligados ao mar como a pesca, áreas protegidas, portos e turismo. Em suma, o Projeto representa uma grande oportunidade estratégica para Portugal mas o conhecimento público sobre o tema ainda parece limitado o que sugere a necessidade de maior ou melhor divulgação e debate nacional.

No trabalho de investigação a desenvolver nos próximos anos, pertende-se estudar a Perceção pública do Projeto de Extensão da Plataforma Continental de Portugal, focando no impacto das práticas de divulgação e como o conhecimento do Projeto influência o apoio público e político. Pretende-se analisar as estratégias usadas até 2024 numa perspetiva história state of the art e de memória coletiva e avaliar o impacto que estas várias práticas e estratégias de comunicação tiveram em vários stakeholders envolvidos permitindo a tomada de decisões informadas de quais as melhores práticas e estratégias a utilizar no futuro, a fim de melhorar a comunicação do Projeto. 

Sendo este um plano de trabalho inicial, considero enquadrar-se no tema do Congresso, e participo com o objetivo de trocar ideias com pares, sobre trabalhos deste âmbito.

keywords: Ciência e tecnologia;Comunicação institucional;Estratégias de comunicação

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Scicom Monica Albuquerque


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• Integração de Identidade Visual e Conteúdos na Estratégia de Comunicação do CEF
  Paula Batista Santos

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Integração de Identidade Visual e Conteúdos na Estratégia de Comunicação do CEF

Paula Batista Santos¹

¹Centro de Estudos Florestais, Laboratório Associado TERRA, Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa

O Centro de Estudos Florestais (CEF) desenvolve investigação, programas de pós-graduação e atividades de divulgação e sensibilização sobre questões relacionadas com as florestas, sistemas agroflorestais, áreas seminaturais e cadeias industriais de base florestal.

O CEF é amplamente reconhecido no setor, mas é essencial demonstrar uma dinâmica de atividade contínua e ampliar a sua visibilidade junto de setores da sociedade não diretamente ligados às florestas, com especial enfoque nas gerações mais jovens.

Após uma análise SWOT e a definição dos objetivos e do público-alvo, foi definida a estratégia de comunicação e as boas práticas a serem adotadas no CEF, por forma a se conseguir uma comunicação mais eficaz junto tanto do público geral como da comunidade científica. A estratégia adotada baseou-se em princípios de comunicação científica, valorizando a identidade visual e a produção de conteúdos claros.

Nesta comunicação pretende-se dar a conhecer as alterações introduzidas e o seu impacto. Foi desenvolvida e implementada uma identidade visual por forma a uniformizar a comunicação do CEF a vários níveis, designadamente no design gráfico, nas cores, nas imagens e nos conteúdos. Tendo em conta as tendências atuais, foi dada prioridade ao design para dispositivos móveis, enfatizando a simplicidade e clareza na apresentação dos conteúdos. Optou-se por utilizar imagens de alta qualidade, autênticas e relacionadas com a atividade desta Unidade de Investigação.

Estas alterações marcaram o início de uma melhoria significativa tanto na produção de conteúdos noticiosos como nas métricas Web Analytics (tráfego e conteúdo), contribuindo para a consolidação da marca CEF.

 

Agradecimentos: Este trabalho é financiado por fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do Projeto UIDB/00239/2020 (DOI 10.54499/UIDB/00239/2020).

keywords: Comunicação institucional;Estratégias de comunicação;Unidades I&D

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• O papel dos jogos na comunicação de ciência - das cartas aos jogos de computador
  Maria Antónia Forjaz Cristina Almeida Aguiar Maria Judite Almeida

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  Apresent...ação breve_Papel dos Jogos_MA...az_FINAL
  

O papel dos jogos na comunicação de ciência - das cartas aos jogos de computador

Maria Antónia Forjaz¹ , Cristina Almeida Aguiar² Maria Judite Almeida

¹Departamento de Matemática/ Centro de Matemática, Universidade do Minho

²Departamento de Biologia/ Center for Molecular and Environmental Biology - CBMA, Universidade do Minho

A comunicação científica é frequentemente entendida como uma oportunidade para os cientistas partilharem competências e conhecimentos para que públicos leigos possam compreender melhor um domínio específico. Na procura desta acessibilidade e de uma comunicação bidirecional podem usar-se jogos de mesa como meios de comunicação para envolver não-cientistas num diálogo significativo.
Os jogos oferecem uma experiência sensorial tátil e um espaço social imediatamente acessível. A combinação destes dois aspetos e a facilidade com que podem ser repensados, torna-os um meio ideal para gerar diálogo entre cientistas e outros públicos. Sabe-se também que os jogos digitais, ao serem uma forma interessante de estudar assuntos complexos que os alunos evitam, servem como uma ferramenta educativa que permite aprender esses assuntos sem stresse excessivo. Ao encorajar os jogadores a negociar limites e comportamentos que normalmente não adotam, os jogos, em particular os de mesa, colocam os jogadores numa posição que lhes permite ter conversas que não teriam fora deste ambiente. Ao negociar limites, tende-se a esquecer os que existem fora da mesa, i.e, jogar jogos de mesa pode ajudar a nivelar as hierarquias intelectuais por vezes perturbadoras de diálogo eficaz. 
Em busca de abordagens inovadoras capazes de ligar questões de Ciência a públicos diversos, o Scientia aproveitou o potencial dos jogos para fazer avançar a sua comunicação em tópicos como geodiversidade/recursos naturais, reciclagem, alterações climáticas ou construção de algoritmos. Os jogos (de cartas ou outros formatos) criados por estudantes de lic. ou mestrado,  bem como a utilização de outros (online), foram incorporados em atividades de diferentes contextos (escolas, festivais de ciência, dias abertos). O processo de criação dos jogos, a sua implementação e a avaliação do seu impacto são o alvo da comunicação. A nossa análise sugere que os jogos podem ser auxiliares valiosos na promoção da literacia científica.
 

keywords: Diálogo Ciência-Sociedade;Estratégias de comunicação;Interdisciplinaridade

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Apresent...ação breve_Papel dos Jogos_MA...az_FINAL


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• Uma análise FOFA à comunicação de ciência do Iscte
  Pedro Simão Mendes Carmo Laginha Rita Alves Andreia Garcia Sofia Rocha Sara Oliveira

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  PMendes_Uma análise FOFA à Comunicacao de Ciencia do Iscte
  

Uma análise FOFA à comunicação de ciência do Iscte

Pedro Simão Mendes¹ , Carmo Laginha² , Rita Alves³ , Andreia Garcia⁴ , Sofia Rocha³ Sara Oliveira⁵

¹Iscte-Instituto Universitário de Lisboa, Centro de Investigação e Intervenção Social (CIS-Iscte)

²Iscte-Instituto Universitário de Lisboa, Information Sciences, Technologies and Architecture Research Centre (ISTAR-Iscte)

³Iscte-Instituto Universitário de Lisboa, Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-Iscte)

⁴Iscte-Instituto Universitário de Lisboa, Business Research Unit (BRU-Iscte)

⁵Iscte-Instituto Universitário de Lisboa, Centro de Estudos Internacionais (CEI-Iscte)

Nesta comunicação, propomos partilhar os desafios da prática do grupo de trabalho dedicado à comunicação de ciência no Iscte-Instituto Universitário de Lisboa, o COM’Investigar. Enquanto grupo informal e multidisciplinar, pretendemos aproximar a investigação académica do público em geral, promovendo o diálogo entre ciência e sociedade. 

Com base numa análise SWOT/FOFA, identificámos um conjunto de Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças que moldam a nossa atuação. Entre as forças destacam-se a diversidade e complementaridade de competências dos seus membros, mas também de áreas científicas que representam e que permite uma abordagem multidisciplinar. De entre as oportunidades destacamos o novo Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia do Iscte, que combina ciências sociais com tecnologias digitais através do laboratório associado SocioDigital Lab for Public Policy (SDLab); o investimento em recursos e equipamentos para promover a comunicação de ciência; e a elevada produção científica da instituição. No entanto, a nossa ação enfrenta também fraquezas, como a escassez de recursos humanos e financeiros dedicados exclusivamente à comunicação de ciência, e a dificuldade em medir o impacto das nossas iniciativas. Entre as ameaças, destacamos a falta de diferenciação entre comunicação institucional e comunicação de ciência e a resistência, dentro da academia, no envolvimento em iniciativas de comunicação científica.

Esta reflexão sublinhou ainda conquistas importantes, como a participação conjunta na Noite Europeia dos Investigadores e a criação do plano de comunicação do SDLab e da sua conferência, que pretendeu criar parcerias estratégicas na disseminação e aproximação da ciência à sociedade. O objetivo desta comunicação é partilhar estas experiências, os desafios superados e o impacto deste exercício com outros comunicadores/as de ciência, promovendo uma reflexão e troca de estratégias/colaborações na comunicação de ciência que permitam melhorar a ação do grupo.

keywords: Divulgação Científica;Estratégias de comunicação;Multidisciplinaridade

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• Entre o caos e o brilho: Como inspirar boas práticas de apresentação científica
  Tiago Garcia

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Entre o caos e o brilho: Como inspirar boas práticas de apresentação científica

Tiago Garcia¹

¹CoLAB +ATLANTIC

Motivação
Comunicar ciência de forma eficaz é essencial, mas muitos cientistas enfrentam desafios como o uso de linguagem demasiado técnica, a falta de conexão com o público e apresentações visualmente confusas e performances pouco apelativas. Como podemos ajudá-los a melhorar? Para isso, é fundamental que os comunicadores de ciência tenham metodologias eficazes para ensinar boas práticas de apresentação a cientistas.


Formato
Nesta comunicação curta, apresento uma abordagem pedagógica inovadora para ensinar o que faz (ou desfaz) uma boa apresentação oral de comunicação de ciência. O método consiste em mostrar um contraste performativo entre dois estilos opostos: uma apresentação intencionalmente má, cheia de erros comuns e design ultrapassado, seguida por uma versão envolvente, eficaz e visualmente entusiasmante. Esta estratégia permite demonstrar, de forma clara e interativa, os principais erros a evitar e as boas práticas a adotar. O impacto desta metodologia é imediato: ao experienciar os contrastes de forma visual e emocional, os participantes internalizam melhor os conceitos e tornam-se mais conscientes da importância da performance, do design e da clareza na comunicação. Esta técnica pode ser replicada em workshops e formações, ajudando cientistas a transformar apresentações desinteressantes em experiências inspiradoras.

 

Orador
Tiago Garcia, Communication Officer do CoLAB +ATLANTIC, com experiência na formação de cientistas e equipas de investigação para comunicar ciência de forma clara, envolvente, eficaz e acessível a todos.

keywords: Envolvimento do público;Estratégias de comunicação;Storytelling

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• O que querem os agricultores portugueses saber sobre Novas Técnicas Genómicas?
  Cristina Nobre Soares

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  BreveCNS...NTG.pptx
  

O que querem os agricultores portugueses saber sobre Novas Técnicas Genómicas?

Cristina Nobre Soares¹

¹ICNOVA

A Comunicação de Ciências Agrárias, através da Extensão Rural, é uma forma de comunicação de ciência sistematizada desde meados do século XIX. 

Comunicar novas práticas agrícolas mais adaptadas ao contexto das alterações climáticas é cada vez mais essencial e urgente. Perante este contexto e a necessidade de continuar a alimentar uma população que se estima ter atingido os 8 mil milhões de habitantes em 2024, a investigação em ciências agrárias tem encontrado soluções que permitem que a agricultura se torne mais resiliente. Uma delas é a aplicação da CRISPR/Cas9 (Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats). Esta tecnologia, que permite editar o ADN de plantas, quando aplicada na agricultura, pode ajudar a tornar as espécies agrícolas mais resistentes a pragas, secas ou temperaturas extremas.  No entanto, a comunicação destas soluções adaptadas às novas alterações climáticas nem sempre tem grande recetividade junto dos agricultores . A necessidade de garantir uma linguagem simples na comunicação destas novas soluções aumenta com a sua maior complexidade, como é o caso das Novas Técnicas Genómicas, em particular Para além disso, torna-se uma solução ambientalmente mais sustentável ao evitar o uso de pesticidas.

Existem,  no entanto, poucos estudos sobre o conhecimento que os agricultores têm desta nova tecnologia. Conhecer o público, saber qual o conhecimento prévio que este tem sobre um dado assunto, quais as suas dúvidas e, consequentemente, o que procura saber, são passos fundamentais na comunicação destes e outros  temas científicos 

Recorrendo a grupos de foco, compostos por agricultores de vinha, olival e fruta, culturas onde a CRISPR/Cas, tentar-se-á perceber quais as percecepções e dúvidas que os agricultores têm sobre deste tema.  Esta informação permitirá também a produção de materiais de comunicação de ciências agrárias para os agricultores.

keywords: Alterações Climáticas;Estratégias de comunicação;Sustentabilidade

[Comunicação]

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BreveCNS...NTG.pptx


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• Projeto para avaliar perceções sobre Escape Rooms na Comunicação de Ciência
  Pedro Simão Mendes

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  PMendes_Projeto para avaliar perceções sobre Escape Rooms na Comunicação de Ciência
  

Projeto para avaliar perceções sobre Escape Rooms na Comunicação de Ciência

Pedro Simão Mendes¹

¹Iscte-Instituto Universitário de Lisboa, Centro de Investigação e Intervenção Social (CIS-Iscte)

Num contexto infodémico no qual jovens adultos dependem das redes sociais como fontes de informação, sendo expostos a grandes quantidades de (des)informação, há desafios significativos para comunicar ciência junto desta audiência. Formatos interativos e dinâmicos com recurso a estratégias de gamificação e a tecnologias digitais poderão ser fulcrais para o envolvimento deste público-alvo no discurso científico.

Esta comunicação baseia-se numa candidatura a financiamento para desenvolver um projeto de abordagem interdisciplinar que pretende avaliar a recetividade ao uso de escape rooms para comunicar ciência. Para isso, propõe-se a realização de estudos quantitativos e qualitativos para avaliar a perceção de estudantes universitários e profissionais da academia acerca deste formato. A premissa do projeto é explorar o potencial das escape rooms para comunicar a importância das ciências sociais (frequentemente desvalorizadas) na adaptação e combate à crise climática, um tema de elevado interesse para jovens adultos. O objetivo final é desenvolver um guia para criar escape rooms que privilegiem o entretenimento e a aprendizagem acidental no contexto do ensino superior.

Esta comunicação breve, dirigida a comunicadores de ciência e académicos, pretende apresentar a proposta do projeto, promovendo a troca de ideias e o debate sobre o potencial de escape rooms como ferramenta inovadora de comunicação de ciência para jovens adultos, os desafios da sua implementação e as metodologias para avaliar a sua eficácia.

keywords: Alterações Climáticas;Educação não formal;Interdisciplinaridade

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Moderadora: Vera Novais

• Como classificar em natural, sintético ou artificial?
  Sérgio P. J. Rodrigues

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  SciCom-2025
  

Como classificar em natural, sintético ou artificial?

Sérgio P. J. Rodrigues¹

¹Universidade de Coimbra, CQC-IMS, Departamento de Química da FCTUC, Portugal

Parece simples, afinal aprende-se nos primeiros anos da escola. Além disso, somos bombardeados com estas palavras todos os dias. Mas será? Pensemos numa laranja e no seu sumo. Na perspetiva da origem, não temos dúvidas de que são “naturais”. Mas, na perspetiva do processamento? Vários autores dirão que o sumo, ao ser obtido por ação humana, será “artificial”. Mas, a laranja será “natural”? Os seres humanos criaram ao longo dos anos híbridos, então, na perspetiva da ação humana, as laranjas poderão também ser consideradas “artificiais”. Entretanto, se a vitamina C do sumo for obtida de outra planta será considerada de origem “natural” de acordo com as normas em vigor. Mas, se esta molécula for obtida de forma “sintética” a partir da glicose que, por sua vez, pode ser obtida de uma origem “natural”, é considerada de origem “sintética”, embora seja semelhante quimicamente à molécula de origem “natural”. A presente comunicação tem como objetivo contribuir para a clarificação deste assunto na sociedade, meios de comunicação social e escola, chamando a atenção para a classificação com base na separação entre “origem” e “processamento”.

 

Agradecimentos: O Centro de Química de Coimbra (CQC-IMS) é apoiado pela FCT (projetos UIDB/00313/2020 e UIDP/00313/2020).

 

keywords: Educação;Literacia científica;Sociedade

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SciCom-2025


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• A Comunicação de Ciência e o Jornalismo Científico na Comunidade Cultura e Arte
  José Malta

  1

  ccaslidescicom
  

A Comunicação de Ciência e o Jornalismo Científico na Comunidade Cultura e Arte

José Malta^1,2

¹CENIMAT | I3N - NOVA FCT

²Comunidade Cultura e Arte

A Comunidade Cultura e Arte é um projeto de informação que nasceu no meio digital e que tem por missão popularizar e homenagear a cultura e a arte em todas as suas vertentes, incentivando, em comunidade, o debate social e cultural. Criada em 2014, inicialmente num formato de blog, em Novembro de 2021 a Comunidade Cultura e Arte passou a ser oficialmente um órgão de comunicação social sendo, de momento, uma das maiores plataformas online em Portugal a divulgar conteúdos de arte e cultura, nos quais também se enquadram as ciências e as suas derivantes.

 

Contando com centenas de milhares de seguidores nas plataformas Instagram, Facebook, X, e com divulgação diária de notícias, a Comunidade Cultura e Arte tornou-se numa referência nacional ao longo de 10 anos. Uma vez que as pessoas, em particular o publico jovem se encontra cada vez mais ligado aos meios digitais, a Comunidade Cultura e Arte consegue divulgar conteúdos sobre os mais diversos temas de forma eficaz a todos aqueles que os usufruem, eficácia essa que também é necessária à comunicação de ciência. A estratégia de comunicação da Comunidade Cultura e Arte levou a que tivesse um crescimento muito significativo nos últimos anos, permitindo a inclusão da comunicação de ciência e do jornalismo científico, sendo também, no atual momento, duas fortes vertentes incluídas neste projeto. Conseguimos assim enquadrar a ciência nas artes, estejam relacionadas com cinema, literatura, música ou com a sociedade em geral.

 

Nesta comunicação pretendemos mostrar como a comunicação de ciência e o jornalismo científico se conseguem enquadrar numa das maiores plataformas online nacionais, com entrevistas a personalidades de relevância científica em Portugal, promoção de livros de divulgação científica e artigos de disseminação de ciência, com impacto no público em geral, em particular no jovem-adulto, e o modo como a nossa abordagem consegue esclarecer a população sobre os mais diversos temas sobre ciência, havendo uma conexão e um enquadramento com outras temáticas relevantes.

 

Deste modo, a Comunidade Cultura e Arte consegue, através das plataformas digitais onde se encontra, levar a ciência às pessoas de forma simples e eficaz, captando a atenção de um público diversificado, promovendo a sua ligação com a sociedade em geral, abrindo novos horizontes para a promoção da ciência em Portugal.

keywords: Divulgação Científica;Jornalismo científico;Redes Sociais

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ccaslidescicom


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• CIIMAR Odysseys: Da Antártida para o Instagram
  Ana Carolina Sousa Eunice Sousa Ksenija Vučković Ana Lúcia Mena

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CIIMAR Odysseys: Da Antártida para o Instagram

Ana Carolina Sousa¹ , Eunice Sousa¹ , Ksenija Vučković¹ Ana Lúcia Mena¹

¹CIIMAR

Um dos desafios dos comunicadores de ciência é criar conteúdos para redes sociais que promovam eficazmente a interação com o público e o seu envolvimento em ciência. Para abordar este desafio, o gabinete de comunicação do CIIMAR desenvolveu a rúbrica “CIIMAR Odysseys” para o Instagram.  A rúbrica explora o potencial do storytelling digital, mostrando a vida de um investigador durante uma expedição científica. Destina-se, principalmente, a estudantes e jovens adultos, com o objetivo de atrair jovens para uma carreira em ciência, mas também a investigadores em início de carreira, com o propósito institucional de captar talento jovem para integrar o CIIMAR. A série de estreia, “Into the Frozen Unknown”, segue uma jovem investigadora na sua 1ª expedição à Antártida. Recorrendo a vídeos captados pela cientista, procura-se transmitir uma visão pessoal que aproxima a experiência do público. Estruturada em 5 episódios, a série documenta a chegada à Antártida, o trabalho científico, a vida quotidiana em ambiente polar, o papel da investigação no combate às alterações climáticas e encerra com um Q&A com perguntas da audiência. Os conteúdos destacam-se pela autenticidade, combinando imagens cativantes, narração pessoal e interatividade. As métricas da plataforma e a reflexão da cientista sobre a experiência de comunicar digitalmente permitem uma avaliação desta rúbrica, abordando questões como: Como criar narrativas apelativas para jovens nas redes sociais? Qual o impacto do storytelling pessoal na desmistificação da carreira científica? Como promover o diálogo entre cientistas e audiências digitais? De que forma comunicar ciência pode ser transformador para os próprios cientistas? O “CIIMAR Odysseys” mostra como o storytelling digital pode aproximar o público jovem da ciência, representando uma ferramenta de literacia científica e da Criosfera, essenciais no contexto atual de crise climática. Ao explorar a Antártida, uma zona remota e extrema, a 1ª série desta rúbrica ilustra como a comunicação científica pode alcançar novos territórios e ampliar a compreensão da ciência em contextos diversos.

keywords: Alterações Climáticas;Redes Sociais;Storytelling

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• Minifloresta urbana “Camillus”: como semear o futuro na Escola?
  Olavo Martins Alves Dinis Brigite Baleiras Mendes Tomás de Faria Monteiro Inês Filipa da Cruz Moreira Natalia Sofia Franco Martinez Leonor Santa Alves Dinis Lourenço de Faria Monteiro Diogo Pinto Sabino

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Minifloresta urbana “Camillus”: como semear o futuro na Escola?

Olavo Martins Alves Dinis^1,2 , Brigite Baleiras Mendes^1,2 , Tomás de Faria Monteiro^1,2 , Inês Filipa da Cruz Moreira^1,2 , Natalia Sofia Franco Martinez^1,2 , Leonor Santa Alves Dinis^1,2 , Lourenço de Faria Monteiro^1,2 Diogo Pinto Sabino^1,2

¹Agrupamento de Escolas de Carnaxide, Oeiras

²Clube Ciência Viva - C4 Clube Crescer com Ciência

As miniflorestas urbanas, são pequenos espaços de biodiversidade autóctone em áreas urbanas, que se têm disseminado pelo mundo, chegando a Portugal através da FCULresta da Universidade de Lisboa.

De acordo com o método desenvolvido pelo botânico japonês Akira Miyawaki, estas florestas visam um crescimento rápido e sustentável e destacam-se pela alta taxa de sobrevivência das espécies, garantida por solos ricos, plantio denso e diverso, e participação comunitária, contribuindo para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, especialmente os ODS 4-Educação de Qualidade, 11-Cidades Sustentáveis, 13-Ação Climática, 15-Vida Terrestre e 17-Parcerias.

Na Escola Secundária Camilo de Castelo Branco, a implementação da minifloresta começou no final de 2022 com o design da floresta e a seleção de espécies autóctones, em colaboração com o investigador António Alexandre, que também realizou um workshop, para alunos e professores sobre o método Miyawaki. Após a preparação do terreno e estabelecimento de parcerias, a plantação ocorreu em janeiro de 2024, envolvendo alunos e professores do Clube C4. A manutenção e monitorização do crescimento das espécies são realizadas mensalmente.

Um ano após a plantação, verifica-se uma taxa de sobrevivência de 94% entre os 113 exemplares plantados, garantindo a manutenção a 100% da biodiversidade autóctone plantada, indo ao encontro do preconizado pelo método Miyawaki.

A minifloresta integra o Laboratório Vivo 2.0, permitindo atividades práticas e interdisciplinares em áreas como ciências, artes e comunicação. O projeto foi divulgado em eventos como o Congresso Nacional Cientistas em Ação e a Noite Europeia dos Investigadores, além de publicações regulares na página do Agrupamento.

Este projeto, ao ampliar a biodiversidade e promover uma educação sustentável, serve como modelo para replicação em outras escolas do País, ajustando-se a diferentes contextos locais e multiplicando o seu impacto positivo junto das comunidades educativas.

keywords: Biodiversidade;Ciência Participativa;Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

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• Percursos Personalizados em Astronomia com IA e Telescópios Robóticos
  Sara Anjos Rosa Doran Gustavo Rojas

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  AJ-ScicomPT2025
  

Percursos Personalizados em Astronomia com IA e Telescópios Robóticos

Sara Anjos^1,2 , Rosa Doran² Gustavo Rojas²

¹Universidade do Minho

²NUCLIO

O objetivo desta apresentação é refletir sobre estratégias para comunicar ciência a públicos diversificados, com destaque para abordagens participativas e personalizadas no envolvimento de públicos jovens.

Expomos duas estratégias que têm vindo a ser exploradas na comunicação da astronomia: (1) o envolvimento dos jovens em práticas científicas autênticas, promovendo interações diretas com cientistas e oportunidades para realizar ciência real, fomentando a identificação com a natureza da ciência e os seus processos; (2) a criação de percursos personalizados de aprendizagem em ciência, suportados por ferramentas de inteligência artificial generativas (GenAI) e instrumentos científicos avançados, como telescópios robóticos e aceleradores de partículas. Estas tecnologias, acessíveis remotamente, proporcionam experiências imersivas e adaptadas, promovendo a acessibilidade e o envolvimento em diversos contextos, incluindo em escolas, em clubes de ciência, em atividades de lazer e em contextos familiares.

 

O projeto Astro-Journeys (https://astrojourneys.eu/) ilustra estas abordagens. Esta iniciativa interdisciplinar combina a educação em astronomia com uma plataforma customizada baseada em IA, permitindo experiências de aprendizagem personalizadas, estruturadas em torno das Grandes Ideias em Astronomia (https://astro4edu.org/bigideas/). O enquadramento contemporâneo desta ação pretende evidenciar a relevância da astronomia no quotidiano, inspirando uma apreciação mais profunda de áreas STEM, bem como um envolvimento sustentado ao longo da vida.

 

Além do seu potencial educativo, a astronomia possui um valor cultural e histórico significativo, presente no núcleo de diversas civilizações. A integração da diversidade histórica e cultural no ensino da astronomia reforça o saber humano e promove a valorização de diferentes culturas ao longo do tempo. Assim, estas estratégias de comunicação da astronomia, em que o Astro-Journeys surge como um estudo de caso em progresso, perspetivam inspirar a curiosidade e facilitar experiências significativas, estabelecendo pontes entre estudantes, a ciência e a comunidade científica.

keywords: Educação;Envolvimento dos cientistas;Literacia científica

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Ficheiros

AJ-ScicomPT2025


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• Metabolismo territorial e a produção de ovinos
  Andreia Filipa Lage Silva Maria Inês Alves Vicente Margarida Maria Correia Marques

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Metabolismo territorial e a produção de ovinos

Andreia Filipa Lage Silva¹ , Maria Inês Alves Vicente² Margarida Maria Correia Marques^3,1

¹Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

²Plataforma de Ciência Aberta

³Centro de Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas / Escola de Ciências da Vida e do Ambiente

A ciência, a investigação e a literacia científica podem desempenhar um papel-chave no desenvolvimento sustentável dos territórios do interior. No concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, situado na Beira Interior (Portugal Continental), a tradição na criação de ovelhas apresenta um potencial relevante para integrar conhecimento científico com práticas locais, promovendo a valorização e a sustentabilidade dos recursos endógenos e o desenvolvimento da economia local. Este projeto tem como foco envolver a comunidade local na exploração das potencialidades dos subprodutos da ovelha através de uma abordagem participativa e informada pela ciência. Foram realizadas reuniões presenciais com produtores de ovelhas e utilizadores diretos de subprodutos para identificar os principais desafios e oportunidades do setor. Constatou-se que diversas práticas de economia circular já estão a ser implementadas, como a produção de sabonetes à base de leite de ovelha ou a utilização de lã como material de drenagem em pomares. Estas práticas mostram a procura de soluções diferenciadoras, mas ainda desligadas do conhecimento científico. Irá aplicar-se um questionário e organizar um fórum participativo para conhecer as perspetivas da comunidade sobre o tema, bem como para explorar oportunidades concretas de desenvolvimento do setor, através da ciência e da tecnologia. Ao promover o diálogo entre a ciência e os saberes tradicionais, este projeto pretende mobilizar a comunidade para a valorização dos (sub)produtos locais, incentivando a adoção de práticas ambientalmente conscientes, nomeadamente através da economia circular. Este trabalho destaca como a literacia científica pode impulsionar os territórios do interior, criando oportunidades para o desenvolvimento sustentável e demonstrando que a inovação e a valorização do território podem ser alcançadas através da colaboração entre a ciência, as comunidades locais e as suas práticas.

keywords: Economia Circular;Literacia científica;Sustentabilidade

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• Celebrando o Mundo Invisível: um "macro" evento sobre "micro"organismos
  Joana Bastos Barbosa Joana Cristina Barbosa

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Celebrando o Mundo Invisível: um "macro" evento sobre "micro"organismos

Joana Bastos Barbosa¹ Joana Cristina Barbosa¹

¹Universidade Católica Portuguesa, CBQF - Centro de Biotecnologia e Química Fina – Laboratório Associado, Escola Superior de Biotecnologia, Porto, Portugal

O Dia Internacional do Microrganismo (IMD) nasceu em 2017 como uma iniciativa inovadora para destacar o papel essencial dos microrganismos nas nossas vidas. Criado pela Sociedade Portuguesa de Microbiologia, o evento rapidamente ultrapassou fronteiras, conquistando cidades em Portugal e no mundo. Na Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa (ESB-UCP), no Porto, o IMD foi celebrado pela primeira vez em 2022, graças ao entusiasmo e dedicação de jovens investigadores do Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF).

Este evento ao ar livre, em formato de feira de ciência, cativa alunos do ensino básico e secundário (10-18 anos) com atividades práticas e interativas, explorando áreas como saúde, ambiente, alimentação e cosmética. Desde a sua estreia, o IMD na ESB-UCP tem sido um sucesso crescente: de 600 participantes em 2022 para 800 em 2023 e 1200 em 2024. Este último, agendado para o dia 17 de setembro de 2024, teve de ser adiado devido aos incêndios que afetaram o Norte de Portugal. Reagendado com apenas duas semanas de intervalo, o evento de 2024 recebeu ainda 800 alunos, consolidando o seu impacto.

O crescimento reflete-se também no aumento de atividades científicas e do envolvimento da comunidade académica, passando de 22 atividades em 2022 para 26 em 2023 e 35 em 2024. Outros parâmetros que merecem também uma análise mais detalhada incluem a distribuição geográfica das escolas visitantes bem como a evolução da distribuição das atividades pelas diferentes áreas.

As avaliações são consistentemente positivas, com uma pontuação média superior a 4 em 5, e os comentários dos participantes reforçam o potencial do IMD para inspirar gerações futuras.

Mais do que um evento, o IMD na ESB-UCP prova que a ciência é divertida, inclusiva e capaz de transformar curiosidade em conhecimento.

keywords: Dias temáticos;Divulgação Científica;Impacto

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• Acessibilidade e Inclusão: literacia do Oceano sem fronteiras
  Sara Santos Marta Correia Ana Lúcia Mena

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Acessibilidade e Inclusão: literacia do Oceano sem fronteiras

Sara Santos¹ , Marta Correia¹ Ana Lúcia Mena¹

¹CIIMAR

O CIIMAR (Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental) possui um vasto programa de comunicação e educação de ciência que inclui atividades teóricas, práticas e visitas ao centro de investigação. Com o intuito de tornar as suas atividades educativas e científicas mais inclusivas e acessíveis, a equipa de comunicação tem vindo a promover visitas especialmente desenvolvidas para participantes com necessidades específicas.

Estas visitas foram desenhadas especialmente para pessoas com paralisia cerebral e com surdez. O desenvolvimento de iniciativas para estes grupos com necessidades especiais pode ser muito desafiante e requer algum cuidado e atenção. É fundamental trabalhar em equipa com técnicos especializados, convidando-os também a acompanharem as visitas, para o sucesso das mesmas. Independentemente deste acompanhamento, os próprios comunicadores devem também realizar formações que lhes permitam adequar a sua comunicação tendo em conta as especificações de cada participante para tornar a visita uma experiência positiva e enriquecedora para todos.

Nesta comunicação, vamos identificar os desafios enfrentados para a viabilização destas iniciativas e as formas pelas quais estes obstáculos foram superados. Esta breve comunicação tem como objetivo a partilha de experiências com profissionais da área, investigadores e comunicadores para que, um pouco por todo o país, a ciência possa ser cada vez mais acessível a todos os grupos da sociedade, independentemente das suas características ou necessidades.

Essas iniciativas refletem o compromisso do CIIMAR em superar barreiras e garantir que todos tenham as mesmas oportunidades de explorar e aprender sobre os diferentes ecossistemas aquáticos e sobre a ciência.

keywords: Diversidade e Inclusão;Divulgação Científica;Estratégias de comunicação

[Comunicação Breve]

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Moderador: Miguel Ferreira

• Co-design de infografias com e para doentes com Encefalite Autoimune
  Ana Vasconcelos Rita Maldonado Branco Susana de Noronha Sara Varela Amaral

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Co-design de infografias com e para doentes com Encefalite Autoimune

Ana Vasconcelos^1,2,3 , Rita Maldonado Branco⁴ , Susana de Noronha⁵ Sara Varela Amaral^2,3

¹Universidade de Coimbra, Instituto de Investigação Interdisciplinar (iiiUC), Programa Doutoral em Biologia Experimental e Biomedicina (PDBEB)

²CNC-UC – Centro de Neurociências e Biologia Celular, Universidade de Coimbra

³CiBB - Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia, Universidade de Coimbra

⁴Instituto de Investigação em Design, Media e Cultura (ID+), Departamento de Comunicação e Arte, Universidade de Aveiro

⁵Centro de Estudos Sociais, Universidade de Coimbra

O design de informação oferece oportunidades inovadoras de envolvimento da sociedade em temáticas científicas, contribuindo para aproximar a ciência das pessoas. À semelhança da comunicação de ciência, também o design promove a participação da sociedade através de abordagens como o co-design. No co-design, as necessidades e desejos dos utilizadores são incorporados no processo de design, promovendo uma participação bidirecional e democrática. 

Neste projeto, pretendemos explorar como desenhar informação sobre Encefalite Autoimune (EA) que contribua para uma comunicação eficaz com doentes e familiares. A EA é um grupo de doenças autoimunes cerebrais relativamente raras e tratáveis, mas altamente desconhecidas na população. Neste trabalho, envolvemos 2 grupos (médicos e doentes/familiares) em sessões de co-design para produzir infografias sobre EA. Esta abordagem tem 3 passos principais: primeiro, a designer/investigadora desenvolve uma versão inicial das infografias; a segunda etapa consiste em sessões de co-design com médicos, para garantir que as infografias comunicam a mensagem pretendida ao público-alvo; por último, as infografias são refinadas através de co-design com doentes/familiares para integrar as suas necessidades e experiências. 

O trabalho colaborativo é seguido de uma avaliação, discussão e reflexão sobre a utilização do co-design no desenvolvimento de infografias sobre EA. O objetivo é identificar práticas eficazes que possam ser testadas, futuramente, na representação visual de informação sobre outras áreas da saúde e da ciência. 

Esta metodologia centrada no utilizador e aplicada à comunicação visual da ciência, é uma abordagem inovadora no contexto português, especialmente focada numa doença grave e complexa como a EA. O conhecimento técnico, clínico e experiencial são os horizontes que pretendemos unir através deste projeto participativo, de modo a promover a compreensão de informação médica, científica e social sobre EA.

No SciComPT2025, pretendemos partilhar a metodologia e alguns resultados obtidos até então, assim como fomentar a discussão entre colegas sobre os desafios e benefícios da utilização de abordagens participativas em comunicação de ciência.

 

keywords: Cocriação;Design;Envolvimento do público

[Comunicação]

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• Fala-me Neuro e a arte de comunicar neurociência: do rural ao digital
  Raquel Boia Isa F Mota Daniela AD Costa Eva Carvalho Catarina Castro Bárbara Rodrigues Rute Marques Beatriz de Carvalho Mafalda Ferreira-Manso Mariana Coelho Tiago Costa-Coelho Joana Rajão-Saraiva Rui S Rodrigues

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Fala-me Neuro e a arte de comunicar neurociência: do rural ao digital

Raquel Boia¹ , Isa F Mota¹ , Daniela AD Costa¹ , Eva Carvalho¹ , Catarina Castro¹ , Bárbara Rodrigues¹ , Rute Marques¹ , Beatriz de Carvalho¹ , Mafalda Ferreira-Manso¹ , Mariana Coelho¹ , Tiago Costa-Coelho¹ , Joana Rajão-Saraiva¹ Rui S Rodrigues¹

¹Fala-me Neuro, Coimbra, Portugal

O Fala-me Neuro é uma associação sem fins lucrativos que se dedica à educação informal de neurociência em português e visa desmistificar tópicos da mente e do cérebro, combater a desinformação e estimular o interesse nesta área do conhecimento. Assumindo um compromisso com a inclusão e a acessibilidade, o Fala-me Neuro atua em todo o continente português, promovendo atividades presenciais que levam neurociência a localidades afastadas dos grandes centros urbanos. Das 35 palestras, mesas redondas e oficinas realizadas nos últimos quatro anos para todos os grupos etários e sociais, destacam-se os eventos das Semanas Internacionais do Cérebro 2023 e 2024 realizados em agrupamentos de escolas fora das metrópoles. Com os temas “O Cérebro Digital” e "O Cérebro e Neurodiversidade", falámos sobre a relação cérebro-tecnologia e sobre neurodivergência em escolas de Lousada, Montemor-o-Velho e Sines, chegando a mais de 300 alunos do ensino secundário e professores. Além das ações presenciais, o projeto faz uso estratégico de plataformas digitais para ampliar o acesso à neurociência. Com um portefólio digital ativo (@falameneuro), publicámos mais de 500 conteúdos em rubricas como “Neuropolígrafo”, “Sinapse de Última Hora" e “Neuromitos”, que conquistaram mais de cinco mil seguidores e alcançaram cerca de 47 mil pessoas, das quais 80% mulheres predominantemente entre os 25 e 44 anos (representando 75% dos seguidores). Os episódios da primeira temporada do podcast Fala-me Neuro somaram mais de 6000 reproduções, com 53% dos ouvintes entre 35 e 59 anos. Ao combinar abordagens inovadoras, formatos diversificados e inclusivos, o Fala-me Neuro promove a literacia científica e democratiza o acesso ao conhecimento, fortalecendo as pontes entre a ciência e a sociedade, inclusive em regiões menos centralizadas. Este modelo promete não só transformar a perceção da neurociência em Portugal, mas também inspirar outras iniciativas de comunicação científica em todas as comunidades falantes de língua portuguesa.

keywords: Educação não formal;Estratégias de comunicação;Literacia científica

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• Neurocurios@
  Tiffany Pinho Rita Félix Sara Amaral Raquel Rodrigues Natália Madeira Bárbara Canijo Flavia Ricciardi Sandra Pinhanços Renato Duarte Cristina Márquez

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Neurocurios@

Tiffany Pinho¹ , Rita Félix¹ , Sara Amaral¹ , Raquel Rodrigues¹ , Natália Madeira¹ , Bárbara Canijo¹ , Flavia Ricciardi¹ , Sandra Pinhanços¹ , Renato Duarte¹ Cristina Márquez¹

¹Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC/CiBB)

A comunicação de ciência é essencial para aproximar a ciência da sociedade, especialmente em áreas emergentes como as neurociências. As crianças, com sua curiosidade natural, mostram grande interesse em temas relacionados com o cérebro, e essa foi a inspiração para o projeto Neurocurios@. A partir da pergunta “O que gostarias de saber sobre o cérebro?”, o projeto visa criar literacia em neurociências e estimular o pensamento crítico através da co-criação de um livro ilustrado que responde às questões das crianças. O projeto, desenvolvido com alunos de 9-10 anos do Agrupamento de Escolas Marquês de Marialva, em Cantanhede, inclui três sessões dinâmicas e uma fase de produção. Na primeira sessão, foram introduzidos conceitos fundamentais das neurociências. Na segunda, mais de 100 questões sobre o cérebro foram registadas, revelando dúvidas e curiosidades das crianças. Estas perguntas foram organizadas em cinco capítulos: 1) Animais; 2) Tamanhos e formas; 3) Sentidos e ações; 4) Emoções; e 5) Hábitos, saúde e doença. Na terceira sessão, as primeiras ilustrações do livro foram apresentadas, permitindo às crianças validar o conteúdo visual e participar em atividades práticas no laboratório, aprofundando o contacto com as neurociências. A quarta fase foca-se na elaboração da narrativa, criação das restantes ilustrações, e produção e disseminação do livro. Um dos grandes destaques deste projeto é a descentralização da comunicação de ciência, ao ser realizado fora dos grandes centros urbanos, especificamente em Cantanhede, promovendo a democratização do acesso ao conhecimento, unindo assim diferentes horizontes de conhecimento e entendimento. Além disso, o projeto Neurocurios@, através de um processo colaborativo e participativo, representa uma co-produção entre os cientistas e o público-alvo, colocando as crianças como protagonistas do processo criativo e permitindo que as suas vozes e curiosidades guiem a narrativa do livro. O resultado é uma obra ilustrada, acessível e informativa, construída com base nas perguntas genuínas das crianças, respondidas de forma clara e visualmente atrativa. Este projeto reforça a importância de envolver o público-alvo no desenvolvimento de iniciativas de comunicação de ciência, promovendo um diálogo próximo entre ciência, educação e sociedade. 

keywords: Diálogo Ciência-Sociedade;Educação não formal;Ilustração científica

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• “Neuro…Quê?”: Um guia desenhado para inspirar gerações futuras
  Luísa Amado Beatriz Ribeiro Sara Varela Amaral Mariana Laranjo Catarina M. Seabra

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“Neuro…Quê?”: Um guia desenhado para inspirar gerações futuras

Luísa Amado^1,2 , Beatriz Ribeiro^1,2 , Sara Varela Amaral^1,2 , Mariana Laranjo² Catarina M. Seabra²

¹Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC-UC/CIBB)

²Brain Gain - À Descoberta das Neurociências

Lançado em 2021, o projeto Brain Gain - À Descoberta das Neurociências, tem como missão destacar a excelência do trabalho em Neurociências realizado em Portugal, inspirar estudantes ao revelar a diversidade de carreiras na área e democratizar o acesso à ciência e aos cientistas. Para alcançar estes objetivos, temos desenvolvido uma variedade de iniciativas, com foco em formatos online de acesso livre, dirigidas sobretudo a estudantes do ensino secundário e superior.

 

O livro ilustrado “Neuro… Quê? Um Guia Sobre Profissões em Neurociências” é a mais recente e entusiasmante iniciativa do Brain Gain. Lançado com grande sucesso no dia 27 de novembro de 2024, este evento aberto ao público reuniu uma audiência de cerca de 350 estudantes e professores de escolas do distrito de Coimbra, marcando um passo significativo na nossa missão de aproximar a ciência da sociedade. Neste livro unimos horizontes das neurociênicas e partilhamos entrevistas realizadas a profissionais que desempenham papeis muito diversos no mundo das Neurociências. Inclui testemunhos de áreas como Psiquiatria, Ilustração Científica, Engenharia e Investigação. Durante o processo de co-criação, estudantes da Escola Secundária Dona Maria, em Coimbra, contribuíram com feedback, garantindo que o material fosse alinhado aos seus interesses e necessidades.
 

Conscientes do nosso compromisso com a democratização do acesso à ciencia, o livro existe em formato digital (eBook) disponivel gratituitamente, garantindo um maior alcance e disponibilizando o livro de forma gratuita para escolas de todo o país (em www.braingain.pt).


 

Através dos testemunhos de estudantes e pelas escolhas relativas ao seu percurso académico, as iniciativas do Brain Gain estão a demonstrar ser uma forma eficaz de inspirar e comunicar ciência em ambiente não-formal. Planeamos continuar a avaliar o impacto do livro nas escolhas académicas e profissionais dos estudantes. No contexto do lançamento deste livro, realizámos inquéritos antes da distribuição do livro e iremos acompanhar os alunos presentes no evento de lançamento durante o próximo ano de forma a avaliarmos o impacto do livro nas suas escolhas académicas.

keywords: Educação não formal

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• Bio-Streams: Promoting Health Literacy and Combating Childhood Obesity
  Sara Anjos Joana Silva, Priscila Doran, Rosa Doran Eszter Salamon Urška Smrke; Ana Rehberger; Izidor Mlakar Michael Georgoulis; Eirini Bathrellou; Georgios Saltaouras

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Bio-Streams: Promoting Health Literacy and Combating Childhood Obesity

Sara Anjos^1,2 , Joana Silva, Priscila Doran, Rosa Doran² , Eszter Salamon³ , Urška Smrke; Ana Rehberger; Izidor Mlakar⁴ Michael Georgoulis; Eirini Bathrellou; Georgios Saltaouras⁵

¹University of Minho

²NUCLIO

³European School Heads Association

⁴University of Maribor

⁵Department of Nutrition and Dietetics, School of Health Sciences and Education, Harokopio University of Athens

The BIO-STREAMS project represents an innovative and interdisciplinary initiative designed to address childhood and adolescent obesity. The project integrates advanced health data management, knowledge dissemination, risk assessment, and prevention strategies, with a strong emphasis on health literacy and community engagement.

 

According to the World Health Organization (WHO), over 390 million children and adolescents aged 5 to 19 are overweight, with 160 million living with obesity (WHO, 2022). To address this pressing public health challenge, BIO-STREAMS aims to prevent childhood obesity through a comprehensive suite of interventions targeting both clinical and educational settings.

 

A core objective of the project is to demonstrate the feasibility and effectiveness of the BIO-STREAMS approach in school environments by actively involving multiple stakeholders. As part of this effort, co-creation workshops were conducted to empower students and stakeholders to identify and address challenges related to obesity prevention and healthy living. These interventions primarily focus on children, adolescents, and their families, emphasizing community involvement as a critical component of sustainable impact.

 

This presentation highlights the outcomes of co-creation workshops conducted in Portugal with 50 students aged 11–14, addressing four key topics: (1) healthy lifestyle and motivation, (2) physical activity and sedentary behavior, (3) healthy lifestyle literacy, and (4) healthy eating. Participatory methodologies—including brainstorming sessions, collaborative discussions, and creative activities—guided students to explore their perceptions, challenges, and proposed solutions for these themes. Comparative analysis with outcomes from other participating countries is also included.

 

The results of these exploratory workshops provided insights into the factors influencing students’ health-related behaviors, underscoring the significance of participatory approaches in fostering effective health literacy and obesity prevention strategies.

keywords: Educação não formal;Envolvimento do público;Literacia científica

[Comunicação]

Ficheiros

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Moderadora: Ivone Fachada

• Chlorophilia – experimentação artística e linguagem poética aplicada à Química
  Jessica Beatriz Anastácio Jacinto Bruno Manuel Galinho Henriques Nuno Carlos Lapa dos Santos Nunes Maria Eduarda da Cunha Pereira

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Chlorophilia – experimentação artística e linguagem poética aplicada à Química

Jessica Beatriz Anastácio Jacinto¹ , Bruno Manuel Galinho Henriques² , Nuno Carlos Lapa dos Santos Nunes³ Maria Eduarda da Cunha Pereira⁴

¹Bolseiro de Doutoramento em Química Sustentável, Universidade de Aveiro

²Professor auxiliar, Departamento de Química da Universidade de Aveiro

³Professor Associado, NOVA School of Science and Technology

⁴Professora Associada, Departamento de Química da Universidade de Aveiro

Chlorophilia é uma palavra imaginária criada para expressar um lugar de atração pela criação com a natureza, que nasce da distorção da palavra clorofila. A partir do principal objeto de estudo de uma investigação científica sobre a viabilidade da utilização de macroalgas marinhas para a obtenção de matérias-primas críticas, como os Elementos Terras Raras, explorou-se uma metodologia de revelar imagens efémeras tirando partido das características morfológicas da macroalga Ulva lactuca. Explorando as técnicas da fotografia e ilustração criou-se uma proposta de exposição itinerante através da qual diferentes comunidades são introduzidas ao papel ecológico das macroalgas e à sua importância para encontrar respostas para desafios globais de sustentabilidade.  As macroalgas transformam-se em suportes efémeros da memória visual estabelecendo a ponte para conceitos da linguagem da Análise de Ciclo de Vida. Simultaneamente, é proposta uma reflexão sobre o ciclo de vida e os impactos ambientais e recursos necessários para a criação da imagem na superfície da macroalga. Um processo que se quis simples, acessível a qualquer criador, efémero e sempre variável. Replicável, tal como um ensaio laboratorial, mas introduzindo na imagem criada uma ideia de singularidade. Esta surge da variabilidade do indivíduo (a macroalga) e dos fatores abióticos que entram na criação da imagem final. Esta variabilidade é tangível, pode ser manipulada pelo artista, tem um caráter de tentativa erro, descoberta e espaço a iterações e pequenas modificações, sendo também um apelo à criação constante e à transformação da imagem final. Desenha-se a linha de investigação que procura refletir sobre novos meios e materiais mais sustentáveis para criar tecnologia, conhecimento ou cultura, assim como se explora a experimentação artística como procura de ferramentas inclusivas e sustentáveis para a comunicação de ciência em espaço público. Simultaneamente, propõe-se a reflexão sobre a fragmentação do conhecimento, o papel da ciência enquanto agente de transformação social e evolutivo e o lugar do criativo no método científico. Qual o lugar da subjetividade, identidade e sensibilidade na ciência? A arte pode criar e ampliar o método científico? O lugar do artista pode potenciar a inovação e aplicação do conhecimento científico?

keywords: Arte e Ciência;Sustentabilidade;Transdisciplinaridade

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• Engenharia para Todos – um projeto que liga Ciência, Educação e Sociedade
  Maria João Verdasca Sónia Garrido Rui Prada

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Engenharia para Todos – um projeto que liga Ciência, Educação e Sociedade

Maria João Verdasca^1,2 , Sónia Garrido¹ Rui Prada^1,2

¹Instituto Superior Técnico

²INESC-ID

O projeto Engenharia para Todos (EpT), do Instituto Superior Técnico e INESC-ID, em parceria com o Município de Oeiras, responde à necessidade de aproximar a engenharia e a ciência da sociedade, promovendo a literacia tecnológica e científica de forma acessível e inclusiva. A escassez de atividades práticas de engenharia nas escolas e a distância entre a investigação e a comunidade limitam o desenvolvimento de competências STEAM. Para colmatar esta lacuna, o EpT adota uma abordagem assente em quatro eixos principais.

1. Engenharia nas Escolas - promove o contacto direto entre cientistas, professores e alunos, através de sessões práticas em escolas e no Técnico. Nos Clubes de Ciência, os estudantes aplicam eletrónica, programação e engenharia na construção de Smart Cities. O projeto inclui ainda formação a docentes e mentoria a alunos do secundário, aproximando investigação e ensino.

2. Engenharia Viva - torna a engenharia acessível a todas as idades, com atividades para públicos dos 6 aos 96 anos. São promovidas sessões práticas aos fins de semana, nas férias escolares e em eventos abertos à comunidade, reforçando o envolvimento da sociedade com a ciência e a tecnologia.

3. Lab in a Box - projeto relançado pelo EpT com novas experiências STEAM, combinando ciências naturais e tecnologia. Os docentes recebem formação acreditada e kits para implementar experiências na sala de aula.

4. Ciência Cidadã – eixo onde se destaca o Carbon Tree, que, em parceria com o ITQB NOVA e InovLabs, envolve escolas na monitorização da qualidade do ar. Está ainda a ser criada uma bolsa de voluntários para apoiar investigação em robótica, inteligência artificial e jogos sérios digitais.

O EpT fomenta o contacto direto e colaborativo entre academia, escolas e sociedade, promovendo uma cultura científica participativa. No presente ano letivo já envolveu perto de 5000 participantes em Portugal e na Ilha do Príncipe, reforçando o compromisso de tornar a ciência e a engenharia acessíveis a todos.

keywords: Ciência e tecnologia;Divulgação Científica;Educação

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• Comunicar a diversidade genética humana numa sociedade polarizada
  Anabela Nunes Luísa Pereira Júlio Borlido Santos

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Comunicar a diversidade genética humana numa sociedade polarizada

Anabela Nunes¹ , Luísa Pereira¹ Júlio Borlido Santos¹

¹i3S - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, Universidade do Porto, Porto, Portugal, PT

A ciência é parte do mundo que a rodeia, permeia e é permeada pela sociedade e a cultura nas suas diversas facetas. Como tal a comunicação de ciência necessita de estar consciente dessas influências e alerta para o impacto das suas mensagens. 
 Quando colocamos o foco sobre um tema ou uma história, estamos a fazer uma escolha e essa escolha tem consequências. Algo tão simples como a escolha de um mapa, representa uma visão do mundo literal e metaforicamente. 
Esta foi a nossa experiência no desenho da exposição “Um percurso pela diversidade genética humana”. A exposição foi um dos resultados do projeto “Diversidade humana no espaço da circum-navegação de Magalhães: genética, história e cultura” financiado pela FCT. 
Durante o projeto foram organizadas várias sessões de debate e coprodução que juntaram cientistas, comunicadores de ciência, designers, artistas, e especialistas de áreas como a educação e a filosofia. Estas sessões foram instrumentais para olhar o tema de um modo mais abrangente. 
Os cientistas quando olham para a diversidade genética humana estão focados no 0,1% do genoma que difere no homo sapiens, estão a analisar cada gene, cada alelo. Mas tornou-se óbvio que era impossível falar de diversidade humana sem se levantarem questões sobre raça e racismo, colonialismo e eugenia. Sobretudo num momento de debate polarizado e de tentativas por parte de movimentos mais radicais  em distorcer informação científica para justificar os seus ideais, é um enorme desafio promover um debate sobre este tema.
Com estas questões em mente, e mantendo o rigor científico, focamos a mensagem não na diferença, mas na semelhança. 
Com este estudo de caso procuramos mostrar a importância de entender a comunicação de ciência num contexto multidisciplinar, com responsabilidades sociais e culturais. E levantamos questões sobre o papel da comunicação de ciência na inclusão “racial” e sociocultural.  

keywords: Diálogo Ciência-Sociedade;Diversidade e Inclusão;Exposição

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• Escola Molecular: Promover o Interesse pela Química e Desmistificar Perceções
  Margarida Machado Cordeiro

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Escola Molecular: Promover o Interesse pela Química e Desmistificar Perceções

Margarida Machado Cordeiro¹

¹Coimbra Chemistry Center - Institute of Molecular Sciences, Department of Chemistry, University of Coimbra, Portugal

A Química é uma ciência fundamental de grande relevância no dia a dia. No entanto, a sociedade tem uma perceção muito negativa, associando-a à poluição, drogas, explosões e a produtos artificiais, tóxicos e perigosos. Esta perceção tem-se perpetuado e é alimentada pelos meios de comunicação e algumas marcas, o que diminui o reconhecimento da Química, dos seus profissionais e o interesse nesta ciência. Além disso, a Química é uma disciplina complexa e aborda muitos conceitos e fenómenos invisíveis e por vezes abstratos.

 

A Escola Molecular é um evento anual, gratuito e organizado por estudantes no Departamento de Química da Universidade de Coimbra. É a primeira escola pré-universitária em Química, direcionada a estudantes do 10º ao 12º ano. A iniciativa tem 5 sessões, cada uma delas com duas componentes. Na parte teórica, os alunos assistem a palestras relacionadas com os conteúdos dos seus programas curriculares ou aplicações empreendedoras da Química. As palestras são dadas por docentes, investigadores e gestores de empresas. Na componente prática, os alunos realizam experiências sob supervisão de estudantes do ensino superior e visitam os laboratórios de investigação do departamento.

 

Os objetivos deste projeto são transmitir uma visão mais aprofundada da Química, demonstrando a sua aplicação em situações quotidianas e em investigação científica, aumentar o interesse dos alunos do secundário na Química e melhorar as suas habilidades laboratoriais. Os estudantes envolvidos na organização são também beneficiados com a experiência de orientação e pelo treino da sua comunicação científica. Vários indicadores mostram o sucesso e impacto positivo deste projeto: 7 edições organizadas, número crescente de participantes e reinscrições, maior dispersão geográfica dos participantes, colocações nos cursos de Química na Universidade de Coimbra, entre outros.

 

O projeto tem o reconhecimento e o apoio logístico/financeiro do Departamento de Química, da Direção da Faculdade, da Câmara Municipal e do IPDJ.

 

keywords: Ciência e tecnologia;Divulgação Científica;Educação não formal

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• Leia Diversa - Um projeto de comunicação da inteligência artificial
  Camila De Paoli Leporace Marcelo Ferreira

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Leia Diversa - Um projeto de comunicação da inteligência artificial

Camila De Paoli Leporace¹ Marcelo Ferreira²

¹UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas, SP, e UNICARIOCA, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

²UNICARIOCA

O Projeto Leia Diversa (@leia_diversa) surgiu a partir das experimentações com IA generativa realizadas na disciplina ‘IA GENERATIVA na Educação’, ministrada pela professora Dra. Camila Leporace a alunos do Mestrado em Novas Tecnologias Digitais na Educação da UNICARIOCA em 2024.2. A disciplina teve como objetivo estimular os alunos - que, além de mestrandos, são educadores, gestores educacionais ou empreendedores – a buscar maneiras práticas de utilizar IA generativa em atividades relacionadas à educação: preparação de aulas e avaliações, gestão escolar, ações de inclusão na escola, ensino de educação ambiental, entre outros temas. Os alunos foram organizados em grupos para experimentar diferentes modelos de IA generativa, preenchendo relatórios relacionados a essas experimentações. Ao final, produziram artigos com relatos de experiência sobre os projetos desenvolvidos. No contexto do trabalho de um dos grupos, dedicado à diversidade e à inclusão, surgiu o Leia Diversa. O projeto tem como objetivo falar de IA de forma simples, direta e divertida, e produzir conteúdo com IA para falar da IA. São usados textos e imagens feitos pelos alunos, com apoio de IAs generativas; ou produzidos inteiramente em IAs generativas; ou inteiramente por eles, para abordar temas como ética da IA, inovação e tecnologia, inclusão, empreendedorismo, meio ambiente, música, entre outros temas em diálogo com a inteligência artificial.

keywords: Digital;Diversidade e Inclusão;Meios de comunicação social

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Ficheiros

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Moderador: João Gaspar

• PolinizAÇÃO: A Conservação dos Polinizadores através da Comunicação de Ciência
  Carolina Caetano Cândida Ramos João Loureiro Sílvia Castro Hugo Gaspar Eva Monteiro Andreia Miraldo Catarina Siopa

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PolinizAÇÃO: A Conservação dos Polinizadores através da Comunicação de Ciência

Carolina Caetano^1,2,3 , Cândida Ramos^4,2,3,1 , João Loureiro^2,3,1 , Sílvia Castro^2,3,1 , Hugo Gaspar^1,2,3 , Eva Monteiro^4,1,2,3 , Andreia Miraldo^2,3,1,5,6 Catarina Siopa^2,3,1

¹Departamento de Ciências da Vida, Universidade de Coimbra

²Centre for Functional Ecology (CFE)

³Laboratório Associado TERRA

⁴TAGIS - Centro de Conservação das Borboletas de Portugal

⁵Swedish Museum of Natural History, Sweden

⁶Biodiversity and Sustainability Solutions, Portugal

O projeto PolinizAÇÃO visa promover a sustentabilidade e a conservação dos insetos polinizadores em Portugal, com foco na criação de um Plano de Ação para a sua proteção. O projeto integra uma forte componente de comunicação de ciência, destacando-se pela implementação de iniciativas de ciência cidadã, como o projeto “Interações planta-polinizador” na plataforma iNaturalist e a aplicação FITCount. Ambas as iniciativas incentivam o envolvimento dos cidadãos na produção de dados científicos e na educação ambiental. Além disso, o PolinizAÇÃO está integrado no projeto europeu More4Nature, no qual as iniciativas de ciência cidadã representam uma via inovadora para a co-produção de conhecimentos e para informar políticas públicas.

 

Este trabalho aborda a experiência do PolinizAÇÃO como um modelo de comunicação, que utiliza plataformas digitais e ferramentas de ciência cidadã para aumentar a consciencialização pública sobre a importância dos polinizadores. Através da promoção de práticas de envolvimento do público, o projeto contribui para uma maior compreensão da biodiversidade e da necessidade urgente de proteger os polinizadores, essenciais para a manutenção dos ecossistemas e da agricultura.

 

O impacto do projeto é relevante, tanto a nível nacional como internacional, uma vez que mobiliza uma rede crescente de cidadãos, cientistas, entidades públicas, ONGs e entidades privadas na proteção dos polinizadores, gerando dados úteis e fomentando a educação ambiental. A apresentação destaca as metodologias adoptadas, os resultados alcançados e os desafios enfrentados no campo da comunicação. O objetivo é partilhar com os comunicadores de ciência as ferramentas e estratégias de comunicação utilizadas para envolver o público, abrindo a sua utilização a outras questões ambientais urgentes.

keywords: Biodiversidade;Ciência cidadã;Conservação da natureza

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• Oeiras Experimenta: culturas agrícolas climaticamente inteligentes
  Inês Sardinha Giovanna Dellarole João Juliano Celeste Reis Catarina Pereira Maria José Amândio Ana Fortunato Maria Mina Carmen Santos Susana Leitão Isabel Abreu Carlota Vaz Patto João Reis Omar Vergara Rubén Vicente Elisabete Brigadeiro Maria João Leão

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Oeiras Experimenta: culturas agrícolas climaticamente inteligentes

Inês Sardinha¹ , Giovanna Dellarole² , João Juliano² , Celeste Reis² , Catarina Pereira³ , Maria José Amândio⁴ , Ana Fortunato³ , Maria Mina³ , Carmen Santos³ , Susana Leitão³ , Isabel Abreu³ , Carlota Vaz Patto³ , João Reis³ , Omar Vergara³ , Rubén Vicente³ , Elisabete Brigadeiro⁴ Maria João Leão⁵

¹Gestão de Projeto, ITQB NOVA

²Programa Ciência + Cidadã

³ITQB NOVA

⁴Gabinete de Ciência e Inovação, Município de Oeiras

⁵Programa Ciência + Cidadã, Município de Oeiras, ITQB NOVA

O Oeiras Experimenta é um projeto de Ciência Cidadã que une investigadores e comunidades locais no estudo de culturas agrícolas alternativas e subutilizadas, no contexto das alterações climáticas. Desenvolvido em parceria entre o Município de Oeiras e o ITQB NOVA, no âmbito do Programa Ciência + Cidadã, e financiado pelo Programa IMPETUS da União Europeia, este projeto enfrenta desafios urgentes da agricultura sustentável, como a vulnerabilidade das culturas tradicionais à seca e a promoção do envolvimento entre cientistas, cidadãos e decisores políticos. Como laboratório vivo, promove a colaboração entre ciência e sociedade, desenvolvendo sistemas agrícolas inovadores e mais resilientes, focando-se em culturas resistentes à seca, como chícharo, sorgo, aveia, trigo, quinoa e arroz de sequeiro. O projeto envolve 3 laboratórios e 15 investigadores, que já identificaram variedades com maior tolerância à seca e os mecanismos de stress associados.  Os vários ensaios avaliam o desempenho destas culturas no campo, enquanto análises fisiológicas e genéticas identificam mecanismos de resiliência. Além disso, impulsiona a restauração da Quinta de Cima do Marquês de Pombal, criando um agroecossistema de investigação e promovendo a participação ativa da sociedade, decisores políticos e agricultores. Os cientistas cidadãos participam em diversas etapas da investigação, como nas sementeiras e colheitas, na manutenção dos campos, na recolha e processamento de dados, e em reuniões do projeto. Têm sido envolvidos cidadãos de todas as idades e contextos sociais, incluindo comunidades locais, associações de inclusão social e estudantes. Colaborações com outros parceiros promovem práticas sustentáveis, como a cocriação de receitas e atividades artísticas. Entre junho de 2024 e janeiro de 2025, envolveu 135 cientistas cidadãos, gerou 7 publicações científicas e 7 apresentações orais em congressos, e contribuiu para capítulos de teses de doutoramento. Realizou 10 relatórios para políticas locais e 18 eventos junto da sociedade civil, envolvendo mais de 2000 participantes. Com esses avanços, o Oeiras Experimenta tem demonstrado o impacto da ciência cidadã na sustentabilidade alimentar, consolidando-se como um modelo inovador de colaboração entre investigadores, decisores políticos e comunidades locais.
 

keywords: Alterações Climáticas;Ciência cidadã;Ciência Participativa

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• Como alimentar a literacia, explicando a Aquacultura
  Andreia Pinto

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Como alimentar a literacia, explicando a Aquacultura

Andreia Pinto¹

¹S2AQUAcoLAB

A Aquacultura desempenha um papel cada vez mais crucial na produção de alimentos seguros e sustentáveis, num contexto global de crescente procura alimentar e desafios ambientais. Nesta apresentação, vamos mostrar como foi conduzida uma atividade de disseminação científica, desenvolvida pelo S2AQUAcoLAB, destinada a estudantes do ensino básico e secundário, com o objetivo de promover a literacia alimentar. Através da promoção de jogos interativos, experiências práticas e debates mediados, desafiaram-se os vários públicos a compreender a Aquacultura, a pensar na segurança alimentar global e na sustentabilidade dos recursos marinhos. Ao esclarecer conceitos e fomentar um pensamento crítico e desenvolvimento de uma maior sensibilização para melhores escolhas, a atividade tem como objetivo o uso da comunicação de ciência e de várias ferramentas, de forma a capacitar na tomada de decisões conscientes sobre os alimentos consumidos, enquanto futuros embaixadores da sustentabilidade.

keywords: Consciencialização;Disseminação;Literacia científica

[Comunicação]

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• A Literacia do Oceano em Portugal – resumo da 1ª conferência dedicada ao tema
  Rita Silva

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  ConfLitOCeano_RS
  

A Literacia do Oceano em Portugal – resumo da 1ª conferência dedicada ao tema

Rita Silva¹

¹Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica

A Ciência Viva tem vindo a trabalhar na área da literacia do Oceano (LO) há mais de uma década. Tendo em conta este histórico e, devido à existência de uma forte comunidade azul, a Ciência Viva decidiu organizar a 1ª Conferência Nacional de Literacia do Oceano, em conjunto com o Comité Nacional para a Década do Oceano.

 

Pela primeira vez, a comunidade portuguesa da LO esteve reunida para refletir sobre o presente e abrir horizontes para o futuro. A conferência decorreu nos dias 5 e 6 de dezembro, no Pavilhão do Conhecimento, e contou com o apoio institucional da Direção Geral de Educação e da Direção Geral da Política do Mar.

 

Para que fosse possível reunir a maior diversidade de projetos que trabalham na área, foi aberta uma call à comunidade. As candidaturas, 94 no total, foram avaliadas pela Comissão Científica de Programa, constituída por profissionais experientes em literacia do oceano. As comunicações selecionadas foram divididas em 8 mesas redondas, 6 workshops e 7 exposições em formato de banca. Foi também apresentado um documentário de Nuno Sá, "A Ilha dos Gigantes". As mesas redondas foram agrupadas de acordo com a relação da LO e os seguintes temas: educação, economia azul, sociedade, tecnologia, ativismo social/cidadania, investigação e avaliação. Ao longo de 2 dias, estiveram presentes mais de 250 pessoas, representantes de instituições científicas, ONGs, empresas, escolas e sociedade civil.

 

Dado o interesse gerado pela conferência, a relevância do tema para o contexto histórico e territorial de Portugal e, o potencial da LO enquanto mecanismo de desenvolvimento de cidadãos mais responsáveis, pretende-se que este evento se torne anual ou bianual. Para efeitos de avaliação da iniciativa, foi realizado um questionário para recolha de opinião dos participantes. Os resultados demonstram interesse por parte da comunidade para a continuidade e aprofundamento das discussões desenvolvidas no evento, tal como sugestões de temas a adicionar ou formatos a melhorar.

 

keywords: Cocriação;Literacia científica;Sociedade

[Comunicação]

Ficheiros

ConfLitOCeano_RS


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• Oceano como fator de inclusão e literacia científica
  Pedro Miguel Duarte Rute Martins

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Oceano como fator de inclusão e literacia científica

Pedro Miguel Duarte^1,2 Rute Martins³

¹NOVA-FCSH

²CIMA-UAlg

³CCMAR-UAlg

O Algarve possui uma elevada taxa de abandono escolar do país, quer por limitações socioeconómicas quer por falta de interesse, principalmente nas áreas das ciências. Esta situação gera elevada taxa de mão de obra infantil e falta de mão de obra qualificada, principalmente nas regiões interiores, onde se investe menos na literacia científica. Para combater este problema, o Centro de Ciências do Mar do Algarve (CCMAR) e a Universidade do Algarve propuseram-se a desenvolver: oferta de formação para os professores, atividades que motivem os alunos para as áreas STEM, atividades experimentais e materiais educativos que promovam o ensino científico de qualidade e o contacto com a biodiversidade local, aumentando a literacia científica e promovendo o acesso a ela pelos alunos das escolas mais isoladas. Financiado pelos EEA Grants, o projeto BRIDGINGALL desenvolveu, entre outubro de 2021 e junho 2024, ações de formação para 195 professores, 53 palestras e atividades experimentais para 1535 alunos e 10 saídas de campo com 416 alunos. Foram desenvolvidos 4 novos recursos para atividades que foram testados com 558 crianças e desenvolvidos 2 kits científicos para promover o ensino experimental na rede de clubes ciência viva nas escolas (CCVnE) os quais incluem os materiais para as experiências na temática do ADN e da acidificação dos oceanos, vídeos educativos com enquadramento científico destas áreas e vídeos de explicação dos protocolos incluídos nos kits. Organizamos ainda 1 campo de férias para 32 crianças, incluindo uma escola do interior, permitindo promover atividades científicas com crianças que nunca tiveram contacto com cientistas ou com a área das ciências marinhas por motivos geográficos. Em suma, este projeto permitiu investir nas escolas regionais, criar ferramentas de ensino para estimular a aprendizagem nas áreas de STEM, aumentar a ligação das escolas às instituições de I&D e levar a literacia dos oceanos a regiões do Algarve com maior isolamento geográfico. Os kits científicos produzidos neste projeto estão a ser distribuídos pelas escolas através dos CCVnE do Algarve e a parceria com autarquias está a ser estabelecida com o objetivo de desenvolver nova oferta de kits e assegurar a sustentabilidade pós-projeto.

keywords: Educação;Literacia científica;Vídeo

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• O que aprendemos a “Celebrar a funga* na cidade”?
  Susana C Gonçalves Susana P Cunha

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O que aprendemos a “Celebrar a funga* na cidade”?

Susana C Gonçalves¹ Susana P Cunha^1,2

¹Centre for Functional Ecology — Science for People & the Planet, University of Coimbra, Portugal

²Royal Botanic Gardens, Kew, United Kingdom

O envolvimento público é fundamental para trazer a conservação dos fungos para primeiro plano. Hoje em dia, plataformas de ciência cidadã como o iNaturalist (www.inaturalist.org), permitem a ligação entre micólogos profissionais e amadores e constituem uma ferramenta poderosa para documentar padrões espaciais e temporais da biodiversidade, imprescindíveis para informar as avaliações de risco de extinção e prioritizar ações de conservação. Simultaneamente, fomentam a ligação emocional dos participantes ao mundo dos fungos. “Celebrar a funga* na cidade” foi a proposta vencedora da 1ª edição do concurso de ideias promovido pela Sociedade Broteriana e inseriu-se no âmbito do projeto de ciência cidadã Cogumelos na Cidade, que tira partido do fascínio que a diversidade de formas e cores dos cogumelos convocam para envolver os cidadãos no registo da funga urbana. O objetivo do evento foi fomentar a comunicação com os cientistas cidadãos, contribuindo para desenvolver um sentido de pertença à comunidade Cogumelos na Cidade, que queremos mais alargada e participativa. O evento constou de duas atividades: (i) Uma expedição micológica urbana e (ii) o 1º encontro da comunidade Cogumelos na Cidade. Durante a expedição, os participantes desfrutaram da funga urbana e contribuíram para documentar com “Grau de Pesquisa” 19 espécies para o projeto. Os registos destas espécies estão agora disponíveis para utilização aberta pela comunidade científica internacional através do GBIF (www.gbif.org). Foi também possível preservar 15 coleções para futura incorporação no Herbário da Universidade de Coimbra. O encontro da comunidade contou com três palestras e um lanche-convívio no final. No final das palestras, os participantes foram convidados a responder a um inquérito com a ferramenta Mentimeter para avaliar o evento e dar sugestões para futuras atividades. Foi também possível conhecer melhor o público presente, as suas motivações, relação com a App iNaturalist e a observação de fungos antes do evento.

*Os fungos de determinada região, habitat ou período geológico. Este termo é equivalente aos conceitos de fauna e flora.

keywords: Avaliação do Impacto;Biodiversidade;Ciência cidadã

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Moderadora: Cristina Luís

• Nature HCI: Embodied Pedagogies for Re-enchanted Nature Walks
  Pedro Ferreira

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Nature HCI: Embodied Pedagogies for Re-enchanted Nature Walks

Pedro Ferreira

Despite their long-standing presence in the digital mainstream, the use of locative technologies in enhancing interaction with natural and cultural heritage invites further work, particularly relevant in addressing the human-nature disconnect characterizing the Anthropocene.

 

In this talk I will discuss our research on how nature walks are experienced, and how these embodied encounters with nature might inform the development of digital technologies that enhance nature walks. In examining the lived and sensory dimensions of the experience of walking nature walks, we investigated their embodied and imaginary realities and devise an organic pedagogy for developing interactive locative technologies for natural heritage that entangle human and more-than-human actors.

 

By formulating implications for the design of organically-informed interactive tools, we contribute to a reparative HCI didactics intended to sustainably mend, and re-enchant, the compromised human-nature bond, adding depth to the understanding and appreciation of nature as a space of awe and wonder.

keywords: Biodiversidade;Conservação da natureza;Digital

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• Análise da perceção de robótica e IA: visitas ao ISR-Lisboa
  Bárbara Dias Teixeira

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Análise da perceção de robótica e IA: visitas ao ISR-Lisboa

Bárbara Dias Teixeira¹

¹Instituto de Sistemas e Robótica (Instituto Superior Técnico)

Para uma comunicação eficiente é necessário conhecer e definir bem o público. Existe uma dificuldade acrescida em fazê-lo quando falamos de tecnologias emergentes, de desenvolvimento rápido, ou com alguma ambiguidade social, como a robótica e a inteligência artificial. Além disso, a compreensão do público acerca do potencial, limitações e capacidades destas tecnologias é crucial para sua aceitação, algo que só será possível com um trabalho de comunicação estratégico, com base num bom enquadramento das ideias preconcebidas. Apesar de se demonstrar que associações prévias podem ter impacto na interpretação destas tecnologias, os dados teóricos para o entendimento dessas perceções são extremamente parcos, principalmente em relação ao público português. Desta forma, e para apoiar a prática de comunicação de ciência no Instituto de Sistemas e Robótica de Lisboa, estão a ser realizados inquéritos durante as visitas de grupos escolares. Ao recolher informação em dois momentos - antes e no final da visita - tem sido possível depreender se existe mudança nas opiniões depois da interação com investigadores e robots. Trata-se assim de um projeto de investigação-ação, que une o horizonte teórico e a aplicação prática da comunicação de ciência. Serão partilhados dados recolhidos num universo de aproximadamente 200 jovens (até à data), com base em “word clouds” e dados qualitativos. A partilha das motivações, metodologias e resultados desta recolha de dados integrada nas visitas prende-se por se estar a comprovar como uma excelente oportunidade para investigação in situ, algo potencialmente relevante para outros tópicos em comunicação de ciência. É também um esforço de de adaptação da comunicação à medida que o processo de evolução científica se desenvolve e que pode até informar responsáveis pelo seu desenvolvimento. Trata-se ainda de uma forma de avaliação de impacto, que tem levado a mudanças na prática.

 

keywords: Diálogo Ciência-Sociedade;Estratégias de comunicação;Unidades I&D

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• Usar a ciência para comunicação institucional - o caso do Instituto Superior Téc
  Joana Lobo Antunes Maria Serrano Correia Sílvio Mendes Pedro Garvão Pereira Anabela Gonçalves

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Usar a ciência para comunicação institucional - o caso do Instituto Superior Téc

Joana Lobo Antunes¹ , Maria Serrano Correia¹ , Sílvio Mendes¹ , Pedro Garvão Pereira¹ Anabela Gonçalves

¹Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa

A Comunicação de Ciência tem sido uma bandeira relevante para alavancar as estratégias de comunicação de institutos de investigação. Estas estruturas são regularmente avaliadas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, e a classificação final define o seu financiamento. Um dos fatores em avaliação é a comunicação e disseminação dos seus resultados, pelo que garanti-la de forma eficaz é fundamental para assegurar a boa continuação do trabalho. Para além disto, as unidades de investigação estão também fortemente dependentes de financiamento competitivo nacional e internacional para o seu funcionamento. Precisam, por isso, de mostrar a diferentes públicos o resultado do trabalho feito com os projetos de modo a promover um contínuo investimento no sector e diferenciarem-se junto de políticos, futuros investigadores e estudantes, potenciais financiadores privados, bem como opinião pública. 

 

Já as faculdades e universidades têm-se focado mais na captação de estudantes para o ensino superior, em especial para licenciaturas e mestrados. Tipicamente, essa comunicação tem sido feita voltada para a formação oferecida e as carreiras que esta formação permite perspectivar. O Instituto Superior Técnico, escola de engenharia, ciência e tecnologia, tem vindo a adoptar, desde 2020, uma estratégia de comunicação da oferta formativa (18 licenciaturas, 33 mestrados e 33 doutoramentos) baseada também na ciência que é produzida. Destacar o trabalho feito por estudantes de mestrado ou doutoramento, e pelos professores em cujos laboratórios podem perspectivar vir a pertencer, passou a ser uma das linhas fortes da comunicação do Técnico. Nesta comunicação, vamos apresentar as várias vertentes em que a comunicação de ciência passou a estar embebida na comunicação institucional, incluindo na recente campanha de grande visibilidade e alcance desenvolvida por uma empresa externa para o Técnico.

 

keywords: Comunicação institucional;Divulgação Científica;Estratégias de comunicação

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• A transdisciplinaridade, uma abordagem complexa em comunicação de ciência.
  Julio Borlido Santos

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  JBorlido...com2025b
  

A transdisciplinaridade, uma abordagem complexa em comunicação de ciência.

Julio Borlido Santos¹

¹i3S - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde

A abordagem STEAM convida os estudantes a correrem riscos ponderados, aprenderem com a experimentação, com a resolução de problemas, a colaboração e a trabalharem de forma criativa. Este ensino integra no mínimo duas ou mais áreas do conhecimento — ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática —, sendo um termo amplamente aceite na academia e considerado por alguns como um movimento. No projeto Hybrid Lab Network, um instituto de investigação em ciências da vida, uma associação de ciência&sociedade e duas instituições de ensino superior (humanidades e artes) uniram-se para explorar formas de ensinar transdisciplinaridade. Expandindo os princípios STEAM, o projeto envolveu investigadores, comunicadores, profissionais das artes e letras, juntando alunos e professores numa missão comum: trabalhar o ensino/aprendizagem envolvendo 4 Culturas (ciência, tecnologia, artes e humanidades) e 3 Sectores (Academia, Investigação e Sociedade). O objetivo foi desenvolver abordagens transdisciplinares para públicos multidisciplinares, num processo iterativo de co-construção. Percebeu-se que raramente há ofertas formativas realmente transdisciplinares e que um dos grandes desafios é evitar a instrumentalização de disciplinas em prol de outras. Não são colaborações verdadeiramente híbridas quando artistas pedem a cientistas para criar uma estirpe bacteriana colorida, ou cientistas que solicitam a artistas representações plásticas de resultados. Para uma verdadeira transdisciplinaridade é essencial transformar o tempo e espaço das ações em experiências apropriáveis por todas as áreas, promovendo pensamento crítico, científico, artístico e especulativo e, preferencialmente, fazendo-os migrar entre as diferentes culturas. Iremos apresentar as nossas aprendizagens durante projeto, do qual resultaram propostas formativas para criar espaços experienciais de ensino transdisciplinar, bem como discutir as dificuldades enumeradas no caderno de boas-práticas produzido. Concluímos que “não é possível ensinar a inter/transdisciplinaridade, apenas a podemos experienciar” (nas palavras de A. Quintanilha). Para nós, a transdisciplinaridade acabou por se revelar menos como um campo fixo ou passível de estruturas formativas rígidas, e mais como uma possibilidade e abordagem aberta.

keywords: Arte e Ciência;Diálogo Ciência-Sociedade;Educação

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Ficheiros

JBorlido...com2025b


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• Série online “O que é isto?” – Oito Imagens, Duas Vozes, Uma Identidade
  Carla Emilie Pereira John Lee Hedi Young Marta Correia Diana Cadete João Van Zelst António Monteiro Teresa Fernandes Catarina Ramos

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Série online “O que é isto?” – Oito Imagens, Duas Vozes, Uma Identidade

Carla Emilie Pereira¹ , John Lee¹ , Hedi Young¹ , Marta Correia¹ , Diana Cadete¹ , João Van Zelst¹ , António Monteiro¹ , Teresa Fernandes¹ Catarina Ramos¹

¹Fundação Champalimaud

As imagens que resultam do trabalho diário de cientistas e profissionais de saúde conseguem ser tão belas e atrativas como qualquer obra de arte. Para olhos destreinados, estas imagens podem também parecer desconcertantes, mas, se soubermos o que estamos a ver, podem ser capazes de desencadear descobertas, contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos doentes e talvez até alterar a nossa compreensão da realidade.

 

What am I looking at? | O que é isto? é uma série online, até à data com oito episódios, cada um deles baseado numa imagem produzida por profissionais da Fundação Champalimaud (FC), a quem colocamos a pergunta: “o que é isto?”.

 

Desde imagens da atividade cerebral de um peixe-zebra tropical até testes respiratórios usados para o rastreio de doenças como o cancro, desvendamos, de forma sucinta e acessível, o significado de oito imagens distintas. Para cada uma delas, produzimos um curto texto, respetiva narração, assegurada por duas vozes – uma portuguesa e outra inglesa – e desenvolvemos uma estratégia visual à qual juntámos a interação online como forma de envolver o público. 

 

Mas como tornar esta série apelativa nas redes sociais – espaços tão saturados de conteúdos e altamente competitivos do ponto de vista da atração e retenção da atenção? Como combinar uma imagem científica estática com um áudio capaz de criar uma peça única, eficaz e adaptada às especificidades de seis redes sociais distintas? Quais  as metodologias adotadas na produção dos resultados desta série? E como comunicar ciência recorrendo a ferramentas e tecnologias capazes de Unir Horizontes, tema do Scicom 25?

 

Nesta apresentação, procuraremos dar respostas a estas e outras questões, explorando desde a importância das identidades visuais e estratégias de comunicação, ao poder da colaboração. 

 

What am I looking at? | O que é isto? conta com mais de 150000 visualizações, sendo a série com a maior interação registada nas redes sociais da FC à data.

 

Créditos:

Ideia original: John Lee

Curadoria e desenvolvimento de conceito: António Monteiro, Carla Emilie Pereira, Catarina Ramos, Diana Cadete, Hedi Young, João Van Zelst, John Lee, Marta Correia e Teresa Fernandes

Guião: Hedi Young e John Lee

Design: Carla Emilie Pereira

Narração: Hedi Young e Marta Correia

Som: João Van Zelst

Tradução: Catarina Ramos

Disseminação: Diana Cadete

keywords: Cocriação;Design;Digital

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• Integração de engajamento público e abordagens participativas na investigação
  Ana Faustino Konstanza Jochim Victoria Shennan Alina Loth

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  IETI Presenta...t25.pptx
  

Integração de engajamento público e abordagens participativas na investigação

Ana Faustino¹ , Konstanza Jochim¹ , Victoria Shennan¹ Alina Loth¹

¹Museum für Naturkunde Berlin

O engajamento público (EP) e as abordagens participativas (AP) são cruciais para o impacto societal das instituições de investigação. No entanto, apesar do número crescente de iniciativas ciência-sociedade, a integração do EP e das AP nos processos, carreiras e estratégias institucionais das entidades de investigação continua limitada. Assim, é fundamental criar programas que contribuam para a integração do EP e das AP nas instituições científicas, que fomentem o impacto societal. O projeto IETI (Impact-oriented Public Engagement), com o Museum für Naturkunde Berlin (MfN) como caso de estudo, visa precisamente isso.

Através de processos de investigação–ação, envolvemos investigadores e profissionais do MfN em investigação, reflexão e co-design de soluções. Um questionário (53 investigadores, 26,12%) revelou que 60% consideram o EP essencial, motivados por impacto (95%), satisfação (81%) e relevância da sua ciência para atores não académicos (62%). Mas enfrentam barreiras ao seu envolvimento em EP, como falta de tempo (75%), gestão de tempo (34%), reconhecimento (34%) e financiamento (34%). Através de um World Café com investigadores e profissionais do MfN (12 participantes), identificámos necessidades como: iniciativas que promovam a interação com atores não académicos (p. ex., um hub ou workshops), iniciativas que promovam a integração do EP em investigação (p. ex., incentivos, tempo e financiamento) e oportunidades de desenvolvimento profissional (p. ex., networking e colaboração).

Como resposta, foi criado o Impact Hub (IH), um programa piloto destinado a integrar o EP e AP nas rotinas de investigadores e profissionais do MfN, bem como a promover a interação com atores não académicos. O programa inclui workshops sobre EP, impacto, design thinking e metodologias de projeto; colaboração com atores não académicos; implementação de projetos de EP com mentoria; e um fórum de partilha e networking. Incentivos como 700 euros para despesas de projeto, diversas oportunidades de desenvolvimento profissional e certificados estimulam a participação. O impacto do IH está a ser avaliado por questionários e entrevistas com foco no apoio do MfN ao EP, benefícios do IH para os participantes e eficácia do IH em atender às necessidades identificadas. O IH visa a integração do EP e das AP nas rotinas de investigação do MfN.

keywords: Ciência Participativa;Diálogo Ciência-Sociedade;Museus

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Ficheiros

IETI Presenta...t25.pptx


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• Interações Mais-que-Humanas: Tec. Interativas para Envolvimento com a Natureza
  Pedro Ferreira Ana Ferreira

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Interações Mais-que-Humanas: Tec. Interativas para Envolvimento com a Natureza

Pedro Ferreira¹ Ana Ferreira¹

¹Interactive Technologies Institute (LARSyS)

Como podemos usar a tecnologia para criar conexões significativas entre humanos e entidades não-humanas (os seres ou sistemas que vão além da esfera exclusivamente humana, incluindo elementos do mundo natural, como plantas, animais e microrganismos, ou até mesmo elementos geológicos), promovendo um maior apreço pela riqueza natural? Esta demonstração interativa irá expôr os participantes à utilização de ferramentas interativas para envolvimento com a natureza, explorando o potencial destas tecnologias para aproximar públicos diversos de patrimónios naturais e culturais.
 
Os participantes serão convidados a participar em diálogos com mais-que-humanos mediados por inteligência artificial, refletindo sobre as interações simbióticas entre tecnologia e ecologia; e a explorar a biodiversidade da Madeira através de um jogo interativo, aprofundando a compreensão sobre a riqueza natural da região. Esta demonstração combina tecnologia, design e pedagogia para inspirar novas formas de interação com o mundo natural. Aberta a todos os participantes do SciComPT, e particularmente a comunicadores de ciência com experiência prática de mediação de interação com o mundo natural, esta demonstração visa fomentar a criatividade e o pensamento crítico em torno de práticas mais inclusivas e ecológicas de envolvimento.

NOTA: Esta demonstração será adicionalmente realizada e expandida no Museu de História Natural do Funchal (MMF; Rua da Mouraria 31, 9004-546 Funchal) no Sábado, 12 de Abril, das 10h-13h.

keywords: Conservação da natureza;Diálogo Ciência-Sociedade;Digital

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• Música e Jogos: O que isso tem a ver com o seu cérebro?
  Yasmim Fernandes Moniz Silvia Regina Matos da Silva Boschi Luís Duarte Andrade Ferreira

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Música e Jogos: O que isso tem a ver com o seu cérebro?

Yasmim Fernandes Moniz¹ , Silvia Regina Matos da Silva Boschi¹ Luís Duarte Andrade Ferreira²

¹Universidade de Mogi das Cruzes

²Universidade da Madeira

Aprender algo novo ou aperfeiçoar uma habilidade ao longo da vida pode parecer desafiador. No entanto, o que torna esse processo possível é a neuroplasticidade: a incrível capacidade do cérebro de se reorganizar, formando novas conexões e adaptando-se a novas demandas. Esse processo ocorre naturalmente, mas depende de fatores como repetição, motivação e atividades envolventes.

O projeto Moniz Games tem como objetivo, por meio de jogos, dispositivos interativos e recursos tangíveis, tornar o conhecimento e aplicação sobre neuroplasticidade mais acessível. Nossa proposta é mostrar como a música e os jogos podem beneficiar a saúde cerebral de maneira divertida e eficaz. Além disso, buscamos criar recursos de baixo custo e personalizáveis (utilizando impressão 3D), que possam ser utilizados por diferentes públicos, incluindo pessoas com limitações motoras e cognitivas.

Para os comunicadores de ciência, o projeto oferece uma oportunidade única de explorar a interseção entre comunicação (e aplicação) de ciência e atividades lúdicas. A utilização de jogos, música e componentes visuais tangíveis como ferramentas de aprendizado pode ser uma estratégia eficaz para atrair diversos públicos e facilitar a compreensão de conceitos científicos complexos. O projeto abrange todo o aparato de comunicação, demonstração e criação dos dispositivos, destacando-se por sua facilidade de utilização. Os recursos do projeto são disponibilizados de forma livre em plataformas como Itch.io e YouTube.

Nesta demonstração, apresentaremos os principais conceitos relacionados à neuroplasticidade e o papel de atividades motivadoras, como a música e os jogos, na estimulação cerebral. Também compartilharemos exemplos práticos com os sistemas desenvolvidos no Moniz Games, como o Anatomy, Moniz Game, Tapping Test e Memory Game, permitindo que os participantes compreendam, na prática, como a ciência pode ser comunicada  e aplicada de maneira acessível e interativa. Na banca estará Yasmim Moniz, fundadora e idealizadora do projeto.

 

 

keywords: Ciência e tecnologia;Divulgação Científica;Jogos

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• O uso do Genially na criação de jogos digitais
  Michel Xisto Silva Silveira Paulo Simeão Carvalho Marcelo Hahn

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O uso do Genially na criação de jogos digitais

Michel Xisto Silva Silveira^1,2 , Paulo Simeão Carvalho^1,2 Marcelo Hahn^1,2

¹Faculdade de Ciências de Universidade do Porto (FCUP)

²Instituto de Física de Materiais Avançados, Nanomateriais e Fotónica (IFIMUP)

A demonstração apresenta dois jogos digitais desenvolvidos na aplicação Genially, com foco na abordagem interativa de conceitos Físicos. Um dos jogos é um escape game, no qual os participantes resolvem enigmas para avançar no jogo, enquanto o outro é um tabuleiro digital para dois jogadores, com jogadas feitas por turnos, cujo o objetivo é atravessar o tabuleiro empurrando objetos. Ambos os jogos foram projetados para despertar o interesse e facilitar a compreensão de temas científicos, incentivando o aprendizado de forma dinâmica.

Os visitantes terão a oportunidade de experimentar os jogos e explorar como eles podem ser integrados em diferentes contextos, tais como o ensino não formal ou atividades de disseminação científica. Os jogos seguem princípios de design educativo, incluindo engajamento, regras claras, objetivos definidos e progressão de desafios, o que contribui para manter a atenção dos jogadores e estimular a aprendizagem.

A criação de jogos digitais costuma exigir conhecimentos avançados em programação e desenvolvimento de mecânicas de jogo, tradicionalmente realizados em plataformas como Unreal Engine ou Java. Contudo, o Genially apresenta-se como uma ferramenta acessível e inovadora, permitindo que comunicadores em ciências desenvolvam jogos sem a necessidade de programação. O Genially é uma plataforma online para criação de conteúdos interativos, como apresentações, infográficos e jogos. Ele permite integrar animações, links e elementos multimédia de forma criativa e visual.Com uma interface simples, intuitiva e a possibilidade de acesso gratuito, a plataforma viabiliza a criação de conteúdos de alta qualidade, mesmo para aqueles sem experiência técnica na área de Computação.

Destaca-se o potencial do Genially como um facilitador no desenvolvimento de jogos digitais educacionais, promovendo a união entre tecnologia, educação e comunicação. Espera-se, com esta experiência demonstrativa, inspirar comunicadores em ciências e educadores a explorarem ferramentas digitais para criar abordagens mais criativas e engajadoras, capazes de transformar a forma como os temas científicos são apresentados e compreendidos.

keywords: Digital;Educação;Jogos

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• Educação do Risco Sísmico: Expansão do Projeto Treme-Treme no Contexto STEAM
  Mónica Amaral Ferreira Maria João Verdasca Rui Prada

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Educação do Risco Sísmico: Expansão do Projeto Treme-Treme no Contexto STEAM

Mónica Amaral Ferreira¹ , Maria João Verdasca^2,3 Rui Prada^2,3

¹Instituto Superior Técnico (CERIS)

²Instituto Superior Técnico

³INESC-ID

Em Portugal, a educação sobre o risco sísmico permanece significativamente subdesenvolvida, com os simulacros escolares focados quase exclusivamente em incêndios, negligenciando os sismos. O Projeto Educativo Treme-Treme surgiu com o objetivo de aumentar a literacia sobre riscos sísmicos e de tsunamis, tanto na comunidade estudantil quanto na população em geral.

Desde o pré-escolar até ao 3º ciclo, o projeto desenvolveu ferramentas pedagógicas inovadoras, como o jogo educativo Treme-Treme, os manuais "Por que é que o chão se move?" e o "Guia Prático Escola Resiliente aos Sismos", além de guiões para atividades em museus e exposições. Estas iniciativas têm sido amplamente reconhecidas, alcançando uma base diversificada de parcerias e públicos-alvo, o que demonstra a sustentabilidade e relevância social do projeto.

Com mais de 120 mil visualizações no site oficial (https://www.treme-treme.pt/), o projeto tem alcançado um impacto significativo, complementado por uma crescente presença nos media. Este sucesso impulsiona a continuidade do Treme-Treme e fomenta a procura de novos modelos de financiamento.

Dado o impacto positivo da iniciativa, o Treme-Treme irá ter novas atividades experimentais sobre sismos incluídas no projeto Lab in a Box focado no ensino experimental das ciências. Impulsionado agora pelo Instituto Superior Técnico e no âmbito do projeto Engenharia para Todos, o Lab in a Box irá acolher estas novas atividades experimentais que para além das ciências naturais, abrangem também as áreas da engenharia e tecnologia.

Numa parceria entre o Treme-Treme e o Lab in a Box, nesta demonstração iremos mostrar várias atividades práticas sobre sismos que serão incluídas no novo kit de materiais entregue aos professores participantes do Lab in a Box no próximo ano letivo. Com o compromisso em inovar e diversificar as estratégias de ensino das ciências, através de uma abordagem prática e interdisciplinar, pretendemos reforçar a consciencialização e a preparação da comunidade educativa para eventos sísmicos.

keywords: Ciência e tecnologia;Divulgação Científica;Educação

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• Comunicar Ciência em vídeo nos media digitais
  Élmano Ricarte

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Comunicar Ciência em vídeo nos media digitais

Élmano Ricarte¹

¹Faculdade de Design, Tecnologia e Comunicação, IADE, na Universidade Europeia, UE, Lisboa, Portugal

1. Enquadramento                                                                           

De acordo com o Santos (1977; 2004), comunicar ciência faz parte de um processo de retribuição social, pois a sociedade geral a partir dos seus impostos financia a ciência quando os governos apoiam projetos de investigação científica.

Porém, face à larga integração das tecnologias da comunicação no quotidiano (Ricarte, 2019), no atual contexto comunicacional há a necessidade de um maior acesso ao conhecimento científico validado para evitar a desinformação e a sua profusão. Comunicar Ciência é introduzir aos demais membros da sociedade um pensamento crítico sobre a realidade a partir do método científico, respeitando todos os outros métodos existentes (Santos, 2004; Ricarte, 2014; 2019).

2. Objetivo

No final da formação, os participantes devem ser capazes de comunicar ciência de forma mais eficaz a partir do audiovisual.

Objetivos Específicos

• Reconhecer a importância de realizar o diálogo com a sociedade sobre ciência nos media sociais;
• Comunicar ciência como parte integrante das atividades científicas;
• Realizar o processo de comunicar ciência com apoio de várias ferramentas de comunicação;
• Planear estratégias de comunicação (guião e texto para acompanhar publicação) para o desenvolvimento crítico de vários públicos;
• Adequar sua investigação para os media digitais com o audiovisual.

3. Duração      

3 horas: 1h expositiva e 2h práticas.

4. Métodos

80% da formação:

- Ativo: promover autonomia do formando a comunicar ciência no audiovisual.

- Demonstrativo: compreender como comunicar diante dos desafios atuais de um cientista. Técnicas: dinâmica de grupo e observação para auxílio a uma melhor simulação de utilização das ferramentas audiovisuais.

20%:

- Interrogativo: aferir sobre a aprendizagem dos formandos sobre os conteúdos da formação.

- Expositivo: proporcionar a abordagem teórica de experiências de comunicar no audiovisual, através da apresentação visual com slides e fotografias, vídeos e conceitos relacionados ao tema exposto.

keywords: Digital;Divulgação Científica;Redes Sociais

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• Rumo aos 100! – Desafios para uma vida mais saudável
  Maria Joao Freitas

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Rumo aos 100! – Desafios para uma vida mais saudável

Maria Joao Freitas¹

¹MIA-Portugal, Universidade de Coimbra

Com a esperança média de vida a aumentar a cada ano, mas a qualidade de vida estagnada, atualmente temos uma população envelhecida enfrentando sérios problemas de saúde, resultando em desafios significativos para sociedade. Para minimizar o impacto do envelhecimento da população, é fundamental promover a literacia em medicina geriátrica, não só aos profissionais de saúde, mas também à sociedade em geral. Embora estejam a ser desenvolvidos muitos esforços para educar o público em geral sobre questões de saúde relacionadas ao envelhecimento, ainda existem desafios significativos em termos de literacia em saúde, especialmente entre os idosos e as suas famílias. A falta de conhecimento sobre questões de saúde relacionadas ao envelhecimento; a falta de acesso a informações confiáveis e barreiras linguísticas ou culturais, são alguns dos desafios na educação da população idosa sobre o envelhecimento saudável.

O jogo de tabuleiro "Rumo aos 100! – Desafios para um futuro mais saudável" é especialmente direcionado para a população idosa e pretende sensibilizar e educar os idosos para boas práticas relacionadas com o envelhecimento saudável, de maneira divertida e dinâmica. O jogo tem uma duração breve. O jogador é questionado sobre um facto e dependendo da sua resposta, é desafiado a executar uma tarefa relacionada com a questão inicial e é transmitida informação útil/conhecimento científico básico sobre o facto. As perguntas são sobre envelhecimento saudável e curiosidades relacionadas com envelhecimento (biológico, cognitivo, psicológico, social).

Durante o congresso ScicomPt 2025, os comunicadores de ciência presentes no congresso, poderão experimentar jogar o "Rumo aos 100!" e oferecer feedback do mesmo.  O jogo será apresentado por mim, Maria Joao Freitas. Com experiência profissional na área da investigação, atualmente comunicadora de ciência e principal criadora do jogo, sou capaz de demonstrar o jogo. 

 

 

keywords: Educação não formal;Jogos;Sociedade

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• Ciência + Cidadã: os projetos MicroMundo@Oeiras e Microbioma Comunidade Portugal
  Bruna Henriques Patrícia Morais Ana Silva Marta Santos Paulo Durão Pedro Matos Pereira Isabel Gordo Karina Xavier Ana Margarida Almeida Sarela Garcia-Santamarina Luís Teixeira Maria José Amândio Elisabete Brigadeiro Maria João Leão

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Ciência + Cidadã: os projetos MicroMundo@Oeiras e Microbioma Comunidade Portugal

Bruna Henriques¹ , Patrícia Morais² , Ana Silva¹ , Marta Santos³ , Paulo Durão³ , Pedro Matos Pereira³ , Isabel Gordo² , Karina Xavier² , Ana Margarida Almeida² , Sarela Garcia-Santamarina³ , Luís Teixeira⁴ , Maria José Amândio⁵ , Elisabete Brigadeiro⁵ Maria João Leão³

¹ITQB NOVA - Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier

²GIMM - Gulbenkian Institute for Molecular Medicine

³ITQB - Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier

⁴Católica Medical School

⁵Município de Oeiras

Os projetos Micromundo@Oeiras e Microbioma Comunidade Portugal são iniciativas inovadoras de ciência cidadã que unem comunidades, promovendo o envolvimento de diferentes grupos sociais na investigação científica. Ambos os projetos, implementados pelo ITQB NOVA, GIMM e CBR em parceria com o Município de Oeiras, têm como objetivo envolver cidadãos de diversas origens, promovendo a educação científica e gerando conhecimento.

O MicroMundo@Oeiras envolve alunos da Universidade Nova de Lisboa e da Escola Secundária Aquilino Ribeiro do Bairro dos Navegadores, criando uma rede de aprendizagem mútua. Através de protocolos adaptados ao projeto, foca-se no estudo da resistência a antibióticos no solo e na procura de novos antibióticos, criando uma base de dados pública para monitorizar a evolução de resistências ambientais, enquanto sensibiliza para a atual problemática da resistência bacteriana a antibióticos.

Por sua vez, o Microbioma Comunidade Portugal tem como objetivos principais o estudo da dinâmica do microbioma intestinal. Para tal, conta com a colaboração de 30 famílias que participam ativamente na recolha de amostras e em ações de sensibilização na comunidade. Ambos os projetos desmistificam as ideias negativas sobre os microrganismos, destacando os benefícios essenciais das bactérias intestinais e realçando a importância do uso correto dos antibióticos. Ambos os projetos evidenciam a importância da ciência cidadã, aproximando a ciência das comunidades e contribuindo para um futuro mais inclusivo e informado.

Propomos a demonstração dos protocolos e kits de recolha de amostras dos projetos, a exemplificação das atividades através do recurso a material de laboratório e placas de crescimento bacteriano, jogos interativos, dinamização de ilustrações criativas de bactérias, e realização de questionários para sensibilização sobre a temática de resistências bacterianas e a importância do microbioma intestinal, com esclarecimento de dúvidas.

keywords: Ciência cidadã;Ciência Participativa;Consciencialização

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• Bingo Atómico: Um jogo para transformar a aprendizagem da Tabela Periódica
  Margarida Machado Cordeiro João Gabriel Silva

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Bingo Atómico: Um jogo para transformar a aprendizagem da Tabela Periódica

Margarida Machado Cordeiro¹ João Gabriel Silva^2,3

¹Coimbra Chemistry Center - Institute of Molecular Sciences, Department of Chemistry, University of Coimbra, Portugal

²CIBB - Centre for Innovative Biomedicine and Biotechnology, University of Coimbra, Coimbra

³III-UC - Institute of Interdisciplinary Research, University of Coimbra, Coimbra

O Bingo Atómico é um jogo de tabuleiro que obedece aos princípios de um bingo tradicional, mas alia uma forte componente educativa. Trata-se de um jogo de lotaria, onde os elementos químicos são sorteados um a um e dispostos no tabuleiro de forma a construir a tabela periódica, evidenciando a sua organização nos vários grupos e famílias. O jogo contém vários desafios (superátomos) que exploram conceitos e curiosidades sobre a Química.

 

As dinâmicas do jogo permitem acomodar diferentes graus de complexidade, estilos de aprendizagem e necessidades educacionais. As três modalidades de jogo permitem que este seja utilizado em diversos contextos, por públicos diversificados e com diferentes graus de literacia.

 

Os objetivos deste jogo são descomplicar o ensino da Física e da Química; facilitar a aprendizagem dos elementos químicos e de outros conceitos dos programas curriculares; proporcionar momentos de diversão e literacia científica; estimular o interesse dos mais novos e das suas famílias por estas disciplinas e dar a conhecer a importância destas ciências no nosso dia-a-dia. Outro objetivo deste projeto é promover e maximizar a sua sustentabilidade e implementá-lo com o apoio de negócios locais.

 

O projeto tem conquistado boas impressões em várias atividades de divulgação. É expectável que a sua utilização em sala de aula possa ter um grande impacto ao nível do aproveitamento escolar, do interesse dos jovens pelas disciplinas e ciências da Física e da Química já que simplifica as primeiras aprendizagens da Química e alia a componente lúdica à aprendizagem.

 

O jogo estará disponível para demonstração e a apresentação será dinamizada pelos autores, que estarão disponíveis para esclarecer qualquer questão sobre os bastidores do desenvolvimento e lançamento de um jogo.

keywords: Educação não formal;Jogos;Literacia científica

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• Mercado de transferências na comunicação de ciência
  Catarina Ramos Rita Félix Sara Sá Vera Novais Pedro Russo

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Mercado de transferências na comunicação de ciência

Catarina Ramos¹ , Rita Félix² , Sara Sá³ , Vera Novais⁴ Pedro Russo⁵

¹Fundação Champalimaud

²Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC)

³INESC-ID

⁴Association of British Science Writers (ABSW), SciComPt

⁵Universidade de Leiden (NL), Ciência Viva (PT)

O ano de 2024 ficará marcado pelo movimentado mercado de transferências entre profissionais de comunicação de ciência em Portugal - reflexo de que, não sendo um cenário universal, existem cada vez mais instituições e organizações atentas, a valorizar e reconhecer a importância desta área, e de que há colegas à altura dos crescentes desafios, com capacidade e competências para dar respostas a uma área tão multidimensional como esta. São sinais de maturidade desta comunidade e motivo de orgulho para quem dela faz parte. 

 

O que está a mudar ou já mudou na comunicação de ciência em Portugal? O que procuram as instituições e organizações? Perfis estabelecidos ou recém-chegados? Especializados ou generalistas? E o que procuram estes colegas? Novos desafios? Maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal? E onde surgem estas oportunidades? Contactos pessoais, redes sociais, olheiros? 

 

Uma vez nas novas funções, como gerir expectativas de quem contrata e de quem chega? E navegar nas novas estruturas, procedimentos e timings? Quais as melhores surpresas? E os maiores desafios? 

Como é saltar do jornalismo para a produção de conteúdos e organização de eventos num gabinete de um Instituto? Ou de uma redação para uma associação de jornalistas de ciência? Como é trocar o laboratório pelo design numa empresa de comunicação de ciência ou no mundo académico? Ou navegar mudanças frequentes: entre gestão de projetos, o mundo universitário e o de instituições globais e nacionais? Como continuar a “Unir Horizontes” - o tema deste SciComPt - entre diferentes carreiras na comunicação de ciência?

 

Os convidados partilharão experiências e a moderação garantirá a interação com o público. A seleção do painel considerou critérios de diversidade e representatividade: experiência nacional (Coimbra, Área Metropolitana de Lisboa, país) e internacional, funções (escrita, design, gestão e coordenação de equipas e projetos) e organizações (Instituto de Investigação, Universidade, Empresa, Agência Nacional, Associação Profissional).

 

 

keywords: Ciência em rede;Multidisciplinaridade;Transdisciplinaridade

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• Ciência e Experiência: o que não se pode delegar à IA na comunicação da ciência?
  Aline Fernandes Carrijo Camila Leporace Bruna Gala Raquel Lobão Evangelista

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  Sessão Ciência e Experiê...cia.pptx
  

Ciência e Experiência: o que não se pode delegar à IA na comunicação da ciência?

Aline Fernandes Carrijo¹ , Camila Leporace² , Bruna Gala³ Raquel Lobão Evangelista⁴

¹Mosaico

²Unicamp

³Peel The Pineapple

⁴UERJ

A mesa propõe um debate sobre a centralidade da experiência humana na prática científica, e que reverbera também na comunicação da ciência. Na medida em que a inteligência artificial avança, é fundamental olharmos com cuidado para aquilo que é intransferível para as máquinas – por exemplo, a vivência, a intuição, o erro, o afeto e a criatividade. 

 

A IA generativa, que recentemente se popularizou, é baseada em aprendizagem de máquina. O processo de aprendizagem artificial contrasta com a aprendizagem humana. Nós aprendemos na medida em que vivemos experiências. Cada uma delas nos marca de uma maneira que nos leva a outras experiências e a outras aprendizagens. A mente humana é cérebro, mas é também corpo e emoções. Nossos processos de aprendizagem são contínuos e complexos e dependem da nossa relação com cada ambiente que habitamos. A máquina processa uma imensidade de dados e, ainda que seu poder seja inegável, ela não pode substituir os processos humanos. 

 

A IA também está presente nas plataformas algorítmicas que acessamos quando estamos conectados à internet. Um dos grandes dilemas que vivemos atualmente, quando se trata de comunicação digital, é o fato de que grupos diferentes de pessoas veem conteúdos diferentes na internet. Isso se conecta com questões como a desinformação, a propagação de fake news e as dificuldades que a ciência enfrenta para chegar ao público leigo.

 

A partir dessas constatações, na mesa “Ciência é Experiência!” pretendemos debater tópicos como a produção textual humana versus a de máquina; a interferência da IA e dos algoritmos na percepção pública da ciência; a criatividade na busca por ângulos interessantes para comunicar ciência versus a produção maquínica dos LLMs, a importância de considerar cada contexto na hora de fazer estratégias de comunicação de ciência, entre outros tópicos.

 

keywords: Diálogo Ciência-Sociedade;Divulgação Científica;Estratégias de comunicação

[Sessão Completa - Mesa Redonda]

Ficheiros

Sessão Ciência e Experiê...cia.pptx


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• O que podem as Tecnologias Interativas para o Envolvimento Público com Ciência?
  Pedro Ferreira Ana Ferreira

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O que podem as Tecnologias Interativas para o Envolvimento Público com Ciência?

Pedro Ferreira¹ Ana Ferreira

¹Interactive Technologies Institute (LARSyS)

Num momento em que a ciência enfrenta desafios tanto em acessibilidade quanto em confiança pública, as tecnologias interativas emergem como ferramentas promissoras para transformar a forma como o público se conecta ao conhecimento científico.

 

Esta mesa redonda reunirá quatro especialistas em HCI (Interação Humano-Computador), design, comunicação científica e educação para explorar como tecnologias interativas podem criar experiências inclusivas que ampliem, e maximizem, o acesso e a participação em iniciativas de envolvimento público com ciência e tecnologia.

 

Serão discutidas questões como: Como podem estas tecnologias incorporar diferentes perspetivas culturais e cognitivas, garantindo equidade no envolvimento? Que papéis desempenham a narrativa, a imersão e o design sensorial em tornar as experiências científicas mais significativas? Quais são os limites éticos e os desafios de acessibilidade que precisam ser enfrentados?

 

Com foco em exemplos práticos e casos de estudo que exploram interação com natureza e tópicos ambientais críticos, esta conversa interdisciplinar questionará as relações entre tecnologia, ciência e sociedade, propondo novas direções para a inclusão e o envolvimento. O objetivo é estimular a colaboração entre profissionais e académicos, promovendo um futuro onde o acesso à ciência seja verdadeiramente universal e participativo.

keywords: Biodiversidade;Digital;Transdisciplinaridade

[Sessão Completa - Mesa Redonda]

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Visita ao Miradouro do Cabo Girão.

18h00-19h30: Visita ao Miradouro do Cabo Girão.

19h30-00h00: Jantar no Restaurante O Lagar.

Resumo: A intrínseca relação entre ciência e sociedade é multifacetado, com implicações profundas para o desenvolvimento científico, tecnológico, social, económico e claro cultural. Ao longo das últimas décadas, tanto na Europa como em Portugal, testemunhámos uma evolução significativa nas estruturas, metodologias e indicadores que procuram moldar esta relação. Nesta apresentação, vou explorar – numa perspetiva pessoal – os desafios e oportunidades que se apresentam na construção de uma sociedade onde a cultura científica e a tecnológica contribuem para o seu progresso.

Bio: Pedro Russo is a University Professor in Astronomy & Society at Leiden University, the Netherlands and a member of the board of directors of Ciência Viva, the Portuguese National Agency for Scientific and Technological Culture. Pedro leads the Astronomy&Society Group. Dr. Russo was the global coordinator for the United Nation's International Year of Astronomy 2009. Pedro obtained his University degree in applied mathematics, physics and astronomy from the University of Porto, Portugal. Pedro was a research fellow at the Max Plank Institute for Solar System Research in Germany. Pedro is involved with several international organisations, like the International Astronomical Union, European Astronomical Society, ECSITE. His work has received several awards, including Seeds Special Award 2009, Scientix Best Educational Resource in 2015 and 2016, Most Innovative Educational Activities in 2017 and 2018 by HundrED, 2018 Leiden University’s K.J. Cath Prize and the first NWO Science Communication Award in 2020.

• Inclusão, Diálogo e Literacia: Ciência Cidadã e Saúde em Foco
  Elaine Santana Silvia Silva Iria Dobarrio Fernanda Lanza

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Inclusão, Diálogo e Literacia: Ciência Cidadã e Saúde em Foco

Elaine Santana¹ , Silvia Silva¹ , Iria Dobarrio¹ Fernanda Lanza^1,2

¹Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra

²Universidade Federal de São João del-Rei (Brasil).

A era da hiperconexão e a avalanche de informações apresentam desafios inéditos para a comunicação científica, especialmente na área da saúde pública. A pandemia de COVID-19 evidenciou, como um verdadeiro laboratório social, a necessidade urgente de promover a literacia científica e em saúde como pilares do bemestar individual e coletivo. Nesse contexto, a Ciência Cidadã (CC) surge como uma abordagem inovadora e inclusiva, capaz de estreitar o diálogo entre ciência e sociedade, tornando a construção do conhecimento e a comunicação mais acessível, eficaz e significativa. Ao envolver cidadãos nos processos científicos, os projetos tornam-se mais alinhados às necessidades reais da população, promovendo a aprendizagem ativa, decisões informadas e uma apropriação mais profunda do conhecimento. Além disso, ao integrar práticas participativas, a Ciência Cidadã amplia o alcance da comunicação científica, reduzindo barreiras e fortalecendo a confiança na ciência. Nesta demonstração interativa, convidamos o público a explorar, na prática, como diferentes estratégias de comunicação científica podem ser aprimoradas por meio da Ciência Cidadã. Através de um desafio dinâmico, os participantes tomarão decisões estratégicas sobre como comunicar ciência em diferentes cenários, avaliando o impacto das suas escolhas e recebendo feedback imediato. A atividade será acompanhada pela apresentação de iniciativas reais e produtos resultantes da investigação em saúde, demonstrando o potencial transformador da Ciência Cidadã na construção e disseminação do conhecimento. Além disso, criar-se-á um espaço para partilha e reflexão da CC nas diferentes áreas de atuação do público participante. A atividade será um convite para romper paradigmas tradicionais e explorar novas formas de comunicação científica, baseadas na participação ativa dos cidadãos.

keywords: Ciência cidadã;Cocriação;Diálogo Ciência-Sociedade

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• Um jogo para descobrir os habitats marinhos em Portugal
  Rita Costa Abecasis Mathilde Courtés

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Um jogo para descobrir os habitats marinhos em Portugal

Rita Costa Abecasis¹ Mathilde Courtés¹

¹CCMAR - Centro de Ciências do Mar do Algarve

Apresentamos o Jogo dos Habitats Marinhos, uma ferramenta educativa adaptada do clássico Jogo das Famílias, concebida para sensibilizar crianças e famílias sobre os habitats marinhos de Portugal, as espécies-chave que neles vivem e os seus papéis ecológicos. Em Portugal, muitas crianças e famílias conhecem os recifes de coral do Nemo ou os pinguins do Madagáscar, mas têm um conhecimento limitado sobre a biodiversidade marinha das nossas águas. Este jogo foi criado para mudar essa realidade, promovendo a ligação ao património marinho nacional e aumentando a consciencialização sobre a importância da sua preservação.

 

A sessão de demonstração abordará o problema da falta de conhecimento sobre os ecossistemas marinhos e as ameaças que enfrentam. Em grupos de 4, os participantes serão envolvidos numa atividade interativa e divertida: um  jogo que explora habitats como pradarias marinhas, o oceano aberto ou as fontes hidrotermais, destacando espécies que desempenham papéis críticos nesses ecossistemas. Ao longo da atividade, os participantes aprenderão sobre os habitats e as espécies marinhas de Portugal, com explicações sobre o desenvolvimento do jogo, a validação científica de conteúdos e ilustrações, e os seus materiais de apoio (livros de colorir, booklet de apresentação das espécies e versão do jogo adaptada a crianças mais pequenas).

 

Esta abordagem lúdica e prática à comunicação de ciência torna o conhecimento acessível e cativante, inspirando crianças e famílias a proteger os nossos oceanos. Para comunicadores de ciência, é uma oportunidade para avaliar como ferramentas que já existem podem ser adaptadas para comunicar o oceano ou outros temas científicos. Que ganhe o melhor jogador!

keywords: Biodiversidade;Ilustração científica;Jogos

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• Laboratório vivo 2.0 - Projeto “Água e Biodiversidade da Ribeira do Jamor”
  Olavo Martins Alves Dinis Brigite Baleiras Mendes Tomás de Faria Monteiro Inês Filipa da Cruz Moreira Natalia Sofia Franco Martinez Leonor Santa Alves Dinis Lourenço de Faria Monteiro Diogo Pinto Sabino

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Laboratório vivo 2.0 - Projeto “Água e Biodiversidade da Ribeira do Jamor”

Olavo Martins Alves Dinis^1,2 , Brigite Baleiras Mendes^1,2 , Tomás de Faria Monteiro^1,2 , Inês Filipa da Cruz Moreira^1,2 , Natalia Sofia Franco Martinez^1,2 , Leonor Santa Alves Dinis^1,2 , Lourenço de Faria Monteiro^1,2 Diogo Pinto Sabino^1,2

¹Agrupamento de Escolas de Carnaxide, Oeiras

²Clube Ciência Viva - C4 - Clube Crescer com Ciência

O Laboratório Vivo 2.0 representa uma visão progressista que combina educação, tecnologia, sustentabilidade e cidadania ao serviço da comunidade educativa. O clube C4 tem sido o principal impulsionador da criação e implementação de projetos de Ciência que têm potenciado o desenvolvimento de atividades fazendo-as chegar a diversos alunos. O projeto Água & Biodiversidade da Ribeira do Jamor é um desses exemplos.

Neste projeto foi selecionado um troço da ribeira para ser estudado e foram criados o guião da saída de campo e os guias de identificação de seres vivos. Foi realizado um workshop para professores de ciências naturais e física e química de 8ºano que permitiu a realização de saídas de campo à ribeira para recolha de dados e identificação de espécies, quer pelos alunos do Clube, quer por todas as turmas de 8.º ano. A qualidade da água e a biodiversidade têm sido monitorizadas mensalmente com o objetivo de avaliar a sua evolução ao longo de um ano hidrológico.

As conclusões deste estudo foram apresentadas, sob a forma de um poster científico e respetiva banca nos Dias da Ciência do Agrupamento, no XVII Congresso Nacional Cientistas em Ação e na Noite Europeia dos Investigadores.

Durante a demonstração será efetuada uma breve contextualização do projeto, com recurso aos posters científicos e guias de identificação; os visitantes serão convidados a: realizar uma análise à água da ribeira utilizando uma sonda digital e kits de identificação de fosfatos e nitratos; observar  e identificar seres vivos, com recurso a lupas binoculares e de mão; explorar o ciclo de vida de alguns dos seres vivos identificados na ribeira, assim como os diferentes tipos de células com recurso a modelos 3D.

Esta inovadora saída de campo foi desenvolvida pelos alunos do Clube e foi aplicada, em dois anos consecutivos, em todas as turmas de 8ºano, permitindo o trabalho colaborativo entre as disciplinas de Ciências Naturais, Físico-Química, TIC e o desenvolvimento de competências na área das STEAM.

A banca será dinamizada por alunos e professores do Clube C4 responsáveis pela criação, implementação e divulgação do projeto nos eventos acima referidos.

Este projeto evidencia uma cultura de inovação, com o potencial de poder envolver ativamente a comunidade educativa e os comunicadores de ciência na construção de uma experiência educacional rica e abrangente.

keywords: Ambiente;Ciência e tecnologia;Educação

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• Transformar o acesso à educação e à tecnologia através do Movimento Maker
  David Sousa Priscila Doran Geuffer Garcia Joana M. da Silva Jéssica Abrantes

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Transformar o acesso à educação e à tecnologia através do Movimento Maker

David Sousa¹ , Priscila Doran¹ , Geuffer Garcia¹ , Joana M. da Silva¹ Jéssica Abrantes¹

¹NUCLIO - Núcleo Interativo de Astronomia e Inovação em Educação

O movimento maker tem vindo a crescer nos últimos anos, abrindo o mundo da tecnologia ao público e tornando a capacitação tecnológica acessível a todas as pessoas. O Change Makers é um projeto que abraça o movimento maker como motivador do desenvolvimento, não só tecnológico mas humano. Ao desafiar todas as pessoas a resolver problemas com recurso a novas tecnologias (impressão 3D, corte a laser, robótica, entre outras), dando asas à criatividade, o projeto promove o desenvolvimento de diversas competências chave ao século XXI, tais como a colaboração, a resiliência, a capacidade de pensar e de resolver problemas, entre outros. Nesta demonstração, iremos apresentar o resultado de vários projetos desenvolvidos no âmbito das atividades Change Makers com a comunidade, entre os quais a construção de robots pintores, carrinhos elétricos e solares, assim como brincadeiras com programação para a criação de músicas, efeitos de luz, entre outros. Os protótipos apresentados incluem estratégias de envolvimento criativas e inclusivas, e são o produto da implementação de abordagens pedagógicas inovadoras e interdisciplinares orientadas para a comunidade, que pretendem uma integração holística das diversas áreas do conhecimento no processo de aprendizagem e aquisição de competências essenciais para responder às transformações do séc. XXI. Os participantes poderão explorar os nossos divertidos protótipos de sonificação, eletrónica, impressão 3D, entre outros, e descobrir a formas de aprendizagem e comunicação divertida, criativa e inclusiva.

 

David é formador acreditado de professores na área das tecnologias educativas, com experiência no ensino das áreas STEAM através de recursos informáticos. Criador de ferramentas e atividades de robótica, arte e comunicação inclusiva e criativa, para as escolas e para toda a comunidade. 

 

Geuffer tem experiência na implementação de projetos STEAM diretamente na comunidade escolar, onde desenvolve e cria atividades educativas “hands-on” que os professores e alunos aplicam seguindo a abordagem “Design Thinking”.

keywords: Criatividade;Educação;Interdisciplinaridade

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• "Pelo Olhar da Ciência" - CAIS seguro com Ciência + Cidadã
  Maria João Leão João Galveia Sofia Luiz Teresa Carreira

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"Pelo Olhar da Ciência" - CAIS seguro com Ciência + Cidadã

Maria João Leão^1,2,3 , João Galveia⁴ , Sofia Luiz⁵ Teresa Carreira⁴

¹Programa Ciência + Cidadã

²ITQB NOVA

³Município de Oeiras

⁴Associação CAIS

⁵n/a

O Programa Ciência + Cidadã e a Associação CAIS apresentam a exposição itinerante “Pelo Olhar da Ciência” com imagens científicas de investigadores e colaboradores do ITQB NOVA, GIMM e CBR. A Exposição é composta por 20 pósteres desenvolvidos pela designer Sofia Luiz e as imagens científicas  foram escolhidas por utentes e colaboradores da Associação CAIS, durante uma visita a laboratórios de investigação, e publicadas na narrativa fotográfica de uma Edição da Revista Cais dedicada à Ciência e às mulheres na ciência (março, 2023). A Exposição foi lançada em Setembro de 2024 na Marina de Oeiras e no I3S no Porto, no âmbito da Noite Europeia dos Investigadores. Esta exposição pretende ser itinerante a nível nacional e estar presente em diferentes locais, nomeadamente em escolas, bibliotecas, centros comerciais, jardins, entre outros.

 

No SciComPT Congresso 2025 propomos uma demonstração através da Exposição “Pelo Olhar da Ciência” com uma breve explicação das imagens de cada um dos pósteres, numa espécie de visita guiada. Os pósteres estarão disponíveis, bem como uma coleção de postais com as imagens científicas e a Revista CAIS, com o objetivo de angariar fundos para projetos de inclusão da Associação CAIS.

 

O Programa Ciência + Cidadã  e a Associação CAIS estabeleceram, no início de  2023, uma parceria inovadora que alia a cidadania ativa na ciência à inclusão e à capacitação social, promovendo um diálogo aberto entre vendedores e outros utentes da CAIS e cientistas de várias instituições.  A Revista da CAIS dedicou a edição de março de 2023 à Ciência e às mulheres na Ciência, tendo como Editora convidada Mónica Bettencourt-Dias, e foi publicada a narrativa fotográfica, composta por imagens de investigadores e colaboradores do ITQB NOVA, GIMM e CBR,  recentemente adaptada à exposição itinerante “Pelo olhar da ciência” aqui apresentada. As parcerias de responsabilidade social são por definição colaborações entre duas ou mais partes que estabelecem acordos de cooperação para atingir interesses comuns, podendo contribuir para o desenvolvimento social e sustentabilidade das organizações.  A parceria entre a CAIS e o Programa Ciência + Cidadã vai muito além destes objetivos ao permitir sorrisos e afetos entre pessoas, cidadãos e cientistas, e vontade de continuarmos a desenvolver projetos juntos.

keywords: Arte e Ciência;Diversidade e Inclusão;Literacia científica

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• Utilização de ferramentas STEM para comunicar ciência
  Pedro Mendonça

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Utilização de ferramentas STEM para comunicar ciência

Pedro Mendonça¹

¹NUCLIO - NÚCLEO INTERATIVO DE ASTRONOMIA E INOVAÇÃO EM EDUCAÇÃO

Objetivo:

STEM é um acrónimo em inglês de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, que surgiu nos anos 1990, nos Estados Unidos, e que designa a integração das quatro áreas do conhecimento em contextos formais e não formais. Associado à necessidade de se aumentar o número de jovens que estudam e prosseguem carreiras nas áreas STEM, tem sido tomado como indicador de produtividade, competitividade e bem-estar dos países, a nível internacional, e tem legitimado políticas educativas, mudanças curriculares e novas práticas educativas. E está hoje em destaque na agenda de organizações internacionais, como é o caso da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da UNESCO.

 

O objectivo desta sessão é demonstrar como se pode programar e usar um microcontrolador como ferramenta para ajudar a apresentar, comunicar e inspirar ciência.

 

Plano da sessão:

Nesta sessão será programado, numa linguagem simples por blocos, um microcontrolador Micro:bit como ferramenta para controlar apresentações de diapositivos. Além disso, uma fita de LEDs ligada a outro microcontrolador será também usada para contar uma história de dados ao longo do tempo.
 

A sessão será dividida da seguinte forma :

1) Introdução ao Micro:bit e programação "Blocks" da Microsoft;

2) Programação de um microcontrolador micro:bit para controlar uma apresentação em LibreOffice Impress (ou Microsoft PowerPoint);

3) Programação de outro microcontrolador (micro:bit ou Arduino) para controlar LEDs;

4) Controlar uma fita de LEDs para contar uma história de dados ao longo do tempo.

 

Facilitador:

Pedro Mendonça, doutorado em Engenharia Física, formador de formadores, especialista em processamento de sinal, microcontroladores, será o facilitador desta demonstração.

 

Duração:

Inferior a 1h.

keywords: Ciência e tecnologia;Literacia científica;Multidisciplinaridade

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• COALESCE e SciComPt: Uma relação de competência!
  Cristina Luís Ana Santos Carvalho Joana Magalhães

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COALESCE e SciComPt: Uma relação de competência!

Cristina Luís¹ , Ana Santos Carvalho² Joana Magalhães³

¹CIUHCT, Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa

²GeneT, CiBB, Universidade de Coimbra

³Science for Change

O projeto COALESCE, financiado pela Comissão Europeia, pretende estabelecer um Centro Europeu de Competências para a Comunicação de Ciência e uma Academia de Comunicação de Ciência que fará parte do Centro de Competências. O objetivo deste projeto é diminuir a distância entre as sociedades europeias e a compreensão da ciência e abordar questões relativas à desconfiança do público e às respostas políticas às crises científicas. Através da co-criação com partes interessadas relevantes, o COALESCE transformará os conhecimentos de anteriores projetos de comunicação de ciência em recursos e ferramentas para conseguir uma comunicação científica interdisciplinar, de elevada qualidade e baseada em dados concretos. O Centro de Competências integrará os conhecimentos em matéria de comunicação científica e promoverá ligações entre a sociedade e a ciência, incluindo os domínios da tecnologia, da engenharia e da matemática. Produzirá recursos e ferramentas de acesso livre para conseguir uma comunicação científica interdisciplinar, inovadora, de elevada qualidade e baseada em factos.

Interessa neste encontro apresentar o COALESCE por ser um projeto de enorme importância para os profissionais de comunicação de ciência em Portugal, não só por se tratar de um centro de competências em comunicação de ciência, como também pelo facto da SciComPt estar representada neste projeto, constituindo uma das Hub Nacionais.

Nesta demostração serão feitas intervenções para apresentar o projeto e as interligações com a comunidade portuguesa de comunicação de ciência. Em particular será feito um quizz que pretende inferir qual o conhecimento existente na comunidade de comunicação de ciência sobre o projeto COALESCE e qual a visão sobre a criação de um centro de competências desta natureza.

Serão expostos posters ilustrativos do COALESCE e apresentados os recursos providenciados, até ao momento, pelo projeto.

Na banca estará presente a representante da da SciComPt no projeto COALESCE.

keywords: Cocriação;Diálogo Ciência-Sociedade;Formação

[Demonstração]

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